Azeredo Lopes dá por finda a crise da PJ Militar

Primeiras declarações do ministro da Defesa após as prisões pelo roubo de Tancos.

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Novo director-geral da PJM, capitão-de-mar-e-guerra Paulo Isabel rui gaudêncio

O ministro da Defesa Nacional, José Azeredo Lopes, deu esta terça-feira por finda a crise que afectou a Polícia Judiciária Militar (PJM) na sequência do roubo e do reaparecimento do material de guerra do paiol de Tancos. Na tomada de posse do novo director-geral da PJM, capitão-de-mar-e-guerra Paulo Isabel, o titular da Defesa assegurou estar assegurada “a normalidade e a estabilidade” da instituição.

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O ministro da Defesa Nacional, José Azeredo Lopes, deu esta terça-feira por finda a crise que afectou a Polícia Judiciária Militar (PJM) na sequência do roubo e do reaparecimento do material de guerra do paiol de Tancos. Na tomada de posse do novo director-geral da PJM, capitão-de-mar-e-guerra Paulo Isabel, o titular da Defesa assegurou estar assegurada “a normalidade e a estabilidade” da instituição.

“O normal funcionamento das instituições traduz-se na forma de render os que as servem”, disse Azeredo Lopes na presença das chefias militares dos três ramos. “As circunstâncias de hoje são conhecidas”, acentuou o ministro, referindo-se à detenção, na passada terça-feira, do coronel Luís Vieira, então director-geral da PJM no âmbito da Operação Hubris. Esta detenção viria a ser confirmada com a medida de coacção de prisão preventiva, a mais gravosa, na passada sexta-feira.

“A presunção de inocência [de Luís Vieira] não se belisca”, anotou José Azeredo Lopes, embora reconhecendo que não existiam condições para a sua manutenção no cargo. Perante o juiz de instrução, o antigo director-geral da PJM assumiu que o aparecimento na Chamusca das armas e explosivos roubados em Tancos em Junho de 2017 não passou de uma encenação, invocando o interesse nacional para os militares terem feito um “acordo de cavalheiros” com o autor do roubo. Afinal, seria melhor ter as armas de volta antes que fossem vendidas, mesmo à custa da impunidade do ladrão, terão equacionado os militares que agora se confessam arrependidos.

Na sua breve alocução desta terça-feira, Azeredo Lopes referiu que Marques Alexandre cumpriu com brio e entrega as suas funções. O militar demitiu-se na sequência da nomeação de Paulo Isabel por este ter menos três meses de serviço, embora ambos tenham a patente de coronel. Ainda nesta segunda-feira o major Vasco Brazão, ex-porta-voz da PJM, e quem coordenara a investigação do assalto aos paióis de Tancos, foi detido no regresso a Lisboa, vindo da República Centro Africana, onde se encontrava em missão.

As breves palavras da cerimónia de posse do capitão Paulo Isabel foram as primeiras declarações do ministro, desde as detenções de militares da PJM, agentes da GNR de Loulé e do civil autor do roubo. Azeredo Lopes participa na quinta e sexta-feira na sessão ministerial da NATO e só na próxima semana volta a ter uma agenda pública.