Hospital de Gaia cria novo parque verde no Monte da Virgem

Município, através do Parque Biológico de Gaia, vai apoiar intervenção, que deve estar concluída nos próximos meses.

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Os habitantes da zona envolvente ao Hospital Santos Silva, no Monte da Virgem, vão ganhar, nos próximos meses, um novo espaço verde, com a requalificação da mata anexa à principal unidade do Centro Hospital Gaia/Espinho. A intervenção está já em curso e, esta segunda-feira, o município aprovou um protocolo no qual se compromete a apoiar esta iniciativa, alocando meios humanos, e a experiência, do Parque Biológico de Gaia.

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Os habitantes da zona envolvente ao Hospital Santos Silva, no Monte da Virgem, vão ganhar, nos próximos meses, um novo espaço verde, com a requalificação da mata anexa à principal unidade do Centro Hospital Gaia/Espinho. A intervenção está já em curso e, esta segunda-feira, o município aprovou um protocolo no qual se compromete a apoiar esta iniciativa, alocando meios humanos, e a experiência, do Parque Biológico de Gaia.

Em causa está uma área de sete hectares, essencialmente de pinhal, pontuada por árvores de outras espécies, entre as quais alguns sobreiros, que remonta ao tempo da instalação do antigo Sanatório D. Manuel II em terrenos doados para essa finalidade, no Monte da Virgem. A área verde já foi bem maior, mas foi sendo substituída por novas construções, as últimas das quais bem recentes, dado o processo, em curso de requalificação e ampliação do hospital. E é no âmbito desta melhoria das condições da unidade que a administração entendeu avançar também com o projecto do parque verde.

Daniela Maia, do Serviço de Aprovisionamento do Centro Hospitalar Gaia/Espinho, explicou ao PÚBLICO que o objectivo da intervenção é abrir o espaço ao usufruto por parte dos doentes mas também dos habitantes da envolvente. O hospital tem entrada pela Rua Conceição Fernandes, mas quem vive nas várias urbanizações das suas traseiras até poderá aceder, através de um antigo portão, aos edifícios hospitalares através da mata, na qual vão ser sinalizados alguns percursos em terra batida.

A responsável pelo projecto adiantou que neste momento estão a ser identificadas, com placas, as espécies arbóreas mais relevantes e estão a reabilitar uma nascente de água, para criação de um lago no parque que rodeia o pavilhão masculino do antigo sanatório, inaugurado em 1947, quase quatro décadas depois de a sua criação ter sido ordenada pela Rainha Dona Amélia. Este edifício, tal como o pavilhão feminino, está hoje ao serviço do centro hospitalar, albergando algumas valências, coabitando com as construções que ali foram erguidas após a transformação da propriedade e destes imóveis no Hospital Geral Central de Gaia, em 1975.

A Câmara de Gaia, que já apoiou, financeiramente, as obras de ampliação do hospital, aprovou esta segunda-feira um protocolo no qual se compromete a colaborar com o projecto do Parque Verde. Sem dinheiro envolvido, neste caso, este apoio da autarquia acontecerá através da colaboração técnica do Parque Biológico de Gaia para a recuperação e manutenção das áreas florestais e dos jardins, pela oferta de plantas dos seus viveiros para reforço da vegetação autóctone e até pela cedência de mobiliário urbano (papeleiras, bancos, bebedouros e estruturas para exercício físico) que existam nos seus armazéns.

Quando os trabalhos de requalificação estiverem concluídos, a Câmara de Gaia compromete-se também a disponibilizar pessoal para a manutenção deste “novo” espaço verde e pretende ajudar a promovê-lo junto da comunidade local. Note-se que a centenas de metros, e só no complexo habitacional de Vila D’ Este, vivem cerca de 17 mil pessoas que, segundo Daniela Maia serão, como os restantes vizinhos das proximidades, beneficiários directos deste projecto.

Segundo esta responsável do centro hospitalar, este espaço florestal será também usado como parque terapêutico por várias valências da unidade, e servirá ainda para a realização de acções de promoção de estilos de vida saudáveis por parte da população. “Já nos tínhamos comprometido com a redução da pegada ecológica da instituição, e este projecto vem na sequência desse nosso compromisso com o ambiente e com a comunidade”, acrescentou ao PÚBLICO Daniela Maia.