Polícia reabre investigação a queixa de acusadora de Cristiano Ronaldo

Norte-americana de 34 anos acusa o jogador português de a ter forçado a um acto sexual num hotel de Las Vegas. A queixa original é de 2009.

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Reuters/Massimo Pinca

A polícia de Las Vegas, no estado norte-americano do Nevada, anunciou na segunda-feira que reabriu em Setembro uma investigação a uma queixa de violação apresentada em 2009 por Kathryn Mayorga, a norte-americana que na semana passada apresentou um processo contra Cristiano Ronaldo num tribunal do condado de Clark, informa a agência Reuters.

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A polícia de Las Vegas, no estado norte-americano do Nevada, anunciou na segunda-feira que reabriu em Setembro uma investigação a uma queixa de violação apresentada em 2009 por Kathryn Mayorga, a norte-americana que na semana passada apresentou um processo contra Cristiano Ronaldo num tribunal do condado de Clark, informa a agência Reuters.

As autoridades de Las Vegas não indicam quem é o alvo da investigação e não referem o nome de Cristiano Ronaldo ou o de Mayorga. No entanto, nota a Reuters, o número do processo reaberto é o mesmo da queixa de 2009, que é também indicado no processo apresentado por Mayorga na semana passada. A mulher de 34 anos contou à revista alemã Der Spiegel, na sua última edição, que foi forçada por Ronaldo a realizar um acto sexual num quarto de hotel naquela cidade, em Junho de 2009.

Segundo a Reuters e a Der Spiegel, Mayorga procura agora denunciar um acordo de confidencialidade no âmbito do qual o futebolista português terá pago 375 mil dólares (aproximadamente 324 mil euros) para não mencionar a relação, que o atleta alega ter sido consensual. A norte-americana diz ter sido coagida a assinar o documento, e os seus advogados alegam que o contrato não tem valor legal.

Der Spiegel já tinha noticiado este caso em 2017, com base em documentos cedidos pela plataforma digital Football Leaks. A acusação foi então desmentida pela Gestifute, referindo que a notícia era “uma peça de ficção jornalística”.

Agora, a Gestifute, empresa de Jorge Mendes que representa o futebolista, volta a afirmar que o trabalho jornalístico da Der Spiegel “é manifestamente ilegal e viola os direitos de personalidade de Cristiano Ronaldo de uma forma extremamente grave”.

“Esta é uma notícia de suspeição inadmissível em matéria de privacidade”, lê-se no comunicado assinado pelo advogado Christian Schertz. A defesa do atleta português refere ainda que apresentará queixa contra a publicação alemã. O director editorial da Der Spiegel, Alfred Weinzierl, diz que os jornalistas fizeram bem o seu trabalho e que a sua publicação é permitida ao abrigo da lei de imprensa alemã.

Na segunda-feira, Cristiano Ronaldo terá afirmado num vídeo na rede social Instagram que se está perante fake news (notícias falsas). O clipe foi entretanto apagado.

A modelo Georgina Rodriguez, namorada do jogador, publicou nas redes sociais uma mensagem de apoio ao jogador, sem referir o caso: “Sempre transformas os obstáculos que te põem no caminho em força e impulso para crescer e mostrar o quão grande és”.

Em 2005, quando ainda jogava pelo Manchester United, Ronaldo foi ouvido pelas autoridades britânicas depois de ter sido acusado de violação por uma mulher. As suspeitas não foram confirmadas e o jogador afirmou que foi vítima de uma “armadilha”.