Pescadores de sardinha terão 60 dias de apoio público
Os pescadores e empresas de pesca afectados pela paragem temporária da pesca de sardinha, em vigor até 15 de Maio, terão direito a 60 dias de apoio público, revelou hoje o Ministério do Mar.
Em comunicado, o Ministério do Mar salientou que a ministra Ana Paula Vitorino deu indicações à Direcção Geral dos Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM) para “preparar a portaria regulamentadora do apoio público de 60 dias aos pescadores e empresas do sector da pesca de sardinha abrangidas pela paragem temporária da pesca em vigor até 15 de Maio de 2019”.
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Em comunicado, o Ministério do Mar salientou que a ministra Ana Paula Vitorino deu indicações à Direcção Geral dos Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM) para “preparar a portaria regulamentadora do apoio público de 60 dias aos pescadores e empresas do sector da pesca de sardinha abrangidas pela paragem temporária da pesca em vigor até 15 de Maio de 2019”.
Estas medidas começam a ser aplicadas no mês de Novembro e “são financiadas por fundos comunitários e nacionais, estimando-se que venham a abranger 140 embarcações da pesca do cerco e aproximadamente 1.500 pescadores”. A frota irá agora optar por pescar cavala e biqueirão, diz a tutela.
A pesca de sardinha, manutenção a bordo e descarga, com qualquer arte de pesca, ficou proibida desde sábado, 29 de Setembro, segundo um despacho publicado em Diário da República na sexta-feira à noite.
O Ministério acredita que, com esta medida de natureza social, será minimizado o impacto sobre o sector: “O objectivo de recuperação do stock de sardinha justificou a adopção de medidas mais restritivas na pesca ao longo do ano de 2018, afastando o cenário de pesca zero”.
De acordo com o diploma, após Portugal ter atingido o limite de pesca definido, “torna-se necessário evitar qualquer captura de sardinha […], reforçando assim as medidas de conservação e protecção desta espécie”.
O Governo refere que a sardinha é um recurso de “interesse estratégico” para a pesca portuguesa, indústria conserveira e para as exportações de produtos de pesca, assumindo “particular relevância em termos socioeconómicos em várias comunidades piscatórias”.
No entanto, ressalvou que o mesmo deve ser explorado de modo a garantir, a longo prazo, “a sustentabilidade ambiental, económica e social da pescaria, dentro de uma abordagem de precaução, definida com os dados científicos disponíveis, procurando-se simultaneamente assegurar os rendimentos da pesca aos seus profissionais”.