Sp. Braga assume liderança isolada da I Liga com goleada
Belenenses cometeu demasiados erros depois de ter desperdiçado um par de ocasiões flagrantes para se adiantar.
A atracção “azul” pelos ferros e os nervos de aço do candidato minhoto levaram neste domingo o Sp. Braga a uma viagem no tempo, recuando ao período em que andou pela última vez na liderança do campeonato (2012). A goleada por 0-3 imposta à formação do Restelo não pode ser contestada, embora tenha sido construída em cima de erros de palmatória dos “azuis”.
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A atracção “azul” pelos ferros e os nervos de aço do candidato minhoto levaram neste domingo o Sp. Braga a uma viagem no tempo, recuando ao período em que andou pela última vez na liderança do campeonato (2012). A goleada por 0-3 imposta à formação do Restelo não pode ser contestada, embora tenha sido construída em cima de erros de palmatória dos “azuis”.
No Jamor, os “arsenalistas” mantiveram a coerência, com Abel Ferreira a apostar no mesmo “onze” com que abateu o “leão”, selo de qualidade que imperou no arranque da partida.
O Belenenses respeitou o momento dos bracarenses, impulsionados por quatro vitórias consecutivas (no campeonato apenas cederam pontos na deslocação aos Açores). Mas, inicialmente, os homens de Silas não se deixaram impressionar pelo charme do adversário, quebrando mesmo o gelo que parecia querer instalar-se com uma ameaça não concretizada por Keita, deslumbrado após cruzamento teleguiado de Licá.
O Sp. Braga via-se, momentaneamente, confrontado com uma realidade diferente da idealizada e sentia-se compelido a agir, o que levou Wilson Eduardo a olhar Muriel nos olhos e a fazer pior do que Keita — isolado, o jogador do Sp. Braga permitia a defesa irrepreensível do guardião brasileiro.
Mas antes do assalto ao poder, o choque no banco minhoto estava na iminência de conhecer uma escalada e só a atracção pelo poste e pela barra negou a felicidade suprema a Gonçalo Dias, que no mesmo lance cabeceou duas vezes ao ferro.
Estava feito o aviso, que Wilson Eduardo levou a peito, concretizando, à segunda, o golo que Ricardo Horta fabricou com uma assistência perfeita após perda de bola de Licá. Os reflexos de Muriel não chegaram para evitar o pior, se bem que para o guarda-redes do Belenenses estavam reservados momentos bem mais penalizadores. Primeiro na sequência de uma saída despropositada, a permitir a recuperação de Dyego Sousa e o disparo fulminante de Horta, a ampliar a vantagem. Depois, numa hesitação que o levou a provocar penálti sobre Horta.
Antes, o melhor marcador da Liga, Dyego Sousa (que soma 5 golos, mais um do que o Belenenses), poderia ter resolvido a questão, mas a bola rasou a barra. Dyego acabou por não marcar neste jogo em que o Sp. Braga até poderia ter alcançado um desfecho mais desnivelado, aproveitando o desequilíbrio emocional do Belenenses, impotente para esboçar uma recuperação como a que havia feito frente ao FC Porto.