Ensino superior recebe mais quase 9500 estudantes
Um total de 300 cursos não preencheram todos os lugares, mesmo depois da 2.ª fase de acesso às universidades e politécnicos públicos, cujos resultados são conhecidos nesta quinta-feira.
A partir desta quinta-feira, há mais quase 9500 estudantes que podem inscrever-se nas instituições de ensino superior públicas para o próximo ano lectivo. Os resultados da 2.ª fase do concurso nacional de acesso foram divulgados durante esta madrugada e confirmam uma quebra ligeira no número de entradas nas universidades e politécnicos face ao ano anterior, mantendo a tendência que já se tinha observado na 1.ª fase.
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A partir desta quinta-feira, há mais quase 9500 estudantes que podem inscrever-se nas instituições de ensino superior públicas para o próximo ano lectivo. Os resultados da 2.ª fase do concurso nacional de acesso foram divulgados durante esta madrugada e confirmam uma quebra ligeira no número de entradas nas universidades e politécnicos face ao ano anterior, mantendo a tendência que já se tinha observado na 1.ª fase.
Na 2.ª fase do concurso, 9452 alunos encontraram um lugar num dos seus cursos de preferência. O número é ligeiramente inferior ao registado no ano passado (9831), na mesma altura. A quebra é de 3,8% face a 2017, o que está em linha com o que tinha acontecido na 1.ª fase, cujos resultados foram anunciados no início deste mês, revelando uma redução do número de colocados de 2% face ao ano anterior.
Estes quase 9500 estudantes juntam-se aos 43.992 colocados na 1.ª fase do concurso nacional de acesso. No entanto, alguns são os mesmos que já tinham entrado num curso superior no início do mês. Os estudantes que não tenham ficado satisfeitos com o resultado da 1.ª fase podiam concorrer novamente, juntamente com os que não tinham ainda apresentado a sua candidatura.
Dos quase 9500 colocados nesta 2.ª fase do concurso, 7291 não concorreram à 1.ª ou, tendo concorrido, não foram colocados ou não efectuaram a matrícula, lê-se numa nota do Ministério da Ciência Tecnologia e Ensino Superior.
Assim sendo, se não forem tidos em conta os alunos que foram colocados em ambas as duas fases do concurso, o número de alunos que ingressaram até ao momento no ensino superior público para o próximo ano lectivo situa-se nos 46.070. Há um ano, pela mesma altura, tinham sido colocados 47.173.
A maior parte dos estudantes que agora conseguiram um lugar no ensino público vão estudar num dos institutos politécnicos, que recebem 4796 novos alunos. Os restantes 4656 acedem ao ensino universitário. O prazo para as inscrições decorre entre esta quinta-feira e a próxima segunda-feira.
A 2.ª fase do concurso nacional deste ano continha uma novidade. Pela primeira vez, nesta fase do acesso ao ensino superior foi aberto um contingente especial destinado a candidatos com deficiência — que até aqui só podiam concorrer na 1.ª fase. Este facto permitiu que o número de estudantes a ingressar por esta via tenha aumentado 28% face ao ano anterior. Ao todo, entre a 1.ª e a 2.ª fase entraram no ensino superior 231 estudantes com deficiência. É o número mais elevado de sempre.
Após as colocações da 2.ª fase do concurso nacional de acesso ainda sobram 5254 vagas das 50.852 que estavam inicialmente disponíveis. Isto é, 10,3% do número de lugares iniciais. Mais de 300 cursos têm capacidade para acolher estudantes neste ano lectivo.
Os oito cursos com mais vagas disponíveis são todos do Instituto Politécnico de Bragança, com destaque para Engenharia de Energias Renováveis, que tem ainda a totalidade das 66 vagas iniciais por preencher, e Engenharia Electrotécnica e de Computadores e Informática de Gestão, ambos com 48 por ocupar, o que quer dizer que não entrou nenhum aluno no primeiro destes cursos e apenas um no segundo.
Há mais concursos
A maior parte destas vagas “ainda vão ser preenchidas”, assegura o presidente do Politécnico de Bragança, Orlando Rodrigues, quer através do concurso local para diplomados com cursos técnicos superiores profissionais, quer através do acesso de estudantes internacionais. Mesmo que estes cursos tenham públicos específicos como estes, têm que constar obrigatoriamente no concurso nacional de acesso.
Na 1ª fase, o Politécnico de Bragança foi uma das instituições que mais cresceram face ao ano anterior, com mais 63 colocados, “em contra-ciclo com a quebra da procura no sector”, valoriza Rodrigues.
Tal como acontece em Bragança, muitos dos cursos com vagas sobrantes vão ainda receber alunos através dos concursos locais e do concurso para estudantes internacionais. Além disso, algumas destas vagas podem ser preenchidas na 3.ª do concurso nacional de acesso, cujas candidaturas decorrem entre 4 e 8 de Outubro.
Cada instituição de ensino superior decide, para cada um dos seus cursos, se abre ou não vagas para a 3.ª fase, fixando o número de lugares disponíveis, que pode ser igual ou inferior às vagas sobrantes da 2.ª fase, acrescidas dos lugares dos estudantes que, tendo sido colocados, não realizem a matrícula.