"Pensei que ia violar-me. Tentei gritar e Brett tapou-me a boca, que foi o que mais me aterrorizou"
Christine Blasey Ford começou a falar sobre Brett Kavanaugh, o juiz nomeado por Donald Trump para o Supremo Tribunal dos EUA que acusa de tentativa de violação.
O candidato do Presidente dos EUA para um cargo vitalício no Supremo Tribunal dos EUA, Brett Kavanaugh, enfrenta, numa sessão aberta e transmitida por várias estações de televisão, Christine Blasey Ford, a mulher que o acusa de tentativa de violação quando ambos eram adolescentes e estudavam no liceu.
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O candidato do Presidente dos EUA para um cargo vitalício no Supremo Tribunal dos EUA, Brett Kavanaugh, enfrenta, numa sessão aberta e transmitida por várias estações de televisão, Christine Blasey Ford, a mulher que o acusa de tentativa de violação quando ambos eram adolescentes e estudavam no liceu.
A senadora democrata Dianne Feinstein, que deu início ao processo ao divulgar uma carta que Ford escreveu, elogiou a professora universitária por ter denunciado o crime.
Ford começou a falar, explicando que preferia não estar ali e que está "aterrorizada". "Não tenho todas as respostas e não me lembro de tudo como gostaria", disse.
Contou que num Verão, quando estavam no liceu, estava numa casa com um grupo em que estava Brett Kavanaugh e Mark Judge. Subiu para ir à casa de banho e o que se passou a "perseguiu durante toda a vida".
Disse que tinha bebido uma cerveja e que Brett e Mark estavam "visivelmente bêbados". Tentaram violá-la - uma história que já tinha revelado -, não conseguiram.
Ford "Brett tentou tirar-me a roupa mas foi difícil porque estava bêbado e eu estava de fato de banho. Pensei que ia violar-me. Tentei gritar e Brett tapou-me a boca, que foi o que mais me aterrorizou. Custava-me respirar e pensei que Brett me ia matar acidentalmente".
Explicou que teve apoio psicológico e que contou ao marido que tinha sofrido um ataque de carácter sexual.
"Convenci-me que, como Brett não me tinha violado, podia seguir com a minha vida. Ao longo dos anos, contei esta experiência traumática a poucas pessoas. Nunca contei os pormenores até Maio de 2012, durante uma sessão de aconselhamento conjugal".