Chegou a vez de Uber e Cabify se manifestarem em Espanha

Em Espanha, os taxistas trocaram de lugar com os condutores das aplicações. A Uber e a Cabify são os novos protagonistas das greves na capital espanhola.

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Milhares de condutores de serviços como a Uber e a Cabify marcharam nesta quinta-feira pela avenida principal de Madrid, levantando bandeiras e entoando slogans como “nós queremos trabalhar”, em protesto contra os planos do governo para uma legislação mais rígida destes serviços. 

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Milhares de condutores de serviços como a Uber e a Cabify marcharam nesta quinta-feira pela avenida principal de Madrid, levantando bandeiras e entoando slogans como “nós queremos trabalhar”, em protesto contra os planos do governo para uma legislação mais rígida destes serviços. 

Na véspera do protesto, as duas empresas fizeram viagens gratuitas durante 12 horas. Os condutores das duas plataformas têm sido alvo de queixas de taxistas em todo o mundo, que se queixam de concorrência desleal.

De acordo com informações fornecidas pelo Ministério das Obras Públicas espanhol, existem quase 11.000 veículos com licenças para partilha de viagens e mais de 65.000 com licença de táxis em Espanha. Mais de 150.000 taxistas e 15.000 condutores da Uber e Cabify circulam pelo território espanhol todos os dias.

Um condutor da Cabify, Antonio Sastre, 57 anos, destaca em declarações à Reuters que teme pelo posto de trabalho devido à nova legislação que deverá ir a votação na sexta-feira. “Nós não sabemos o que vai acontecer, o nosso futuro é incerto”, referiu enquanto marchava.

Os detalhes do diploma ainda não foram anunciados mas, segundo a agência, espera-se que inclua restrições adicionais para os serviços oferecidos pelas aplicações.

Apoiada por investidores como a Goldman Sachs e a BlackRock, e avaliada em mais de 70 mil milhões de dólares (quase 60 mil milhões de euros), a Uber olha para a Europa Ocidental como um importante mercado em crescimento.

A Uber enfrentou acções judiciais em diversos países pelo mundo inteiro: os taxistas de Londres a planearem processar a empresa; os nova-iorquinos a cortarem nos serviços, após uma série de suicídios de taxistas que tinham dificuldades em competir com as novas aplicações.

Os taxistas, que levaram a cabo uma greve que durou seis dias no início de Agosto, estão deliberadamente a cobrar menos do que o habitual. Os motoristas protestaram contra as licenças da Uber e Cabify. “Não podemos competir contra corporações como a Uber e a Cabify, cujos preços são demasiado baixos”, afirma Jorge Gordillo, 33 anos, taxista na capital espanhola.