Governo quer alargar modelo de gestão do Parque do Tejo Internacional a todo o país
Intenção do Governo é alargar o modelo de gestão colaborativa , projecto-piloto no Tejo Internacional, até ao final da legislatura. Vão avançar dois projectos, com uma dotação de 300 mil euros, para valorizar o parque.
A secretária de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza afirmou nesta quarta-feira que o Governo quer alargar até ao final da legislatura o modelo de gestão colaborativa do Parque do Tejo Internacional a outras áreas protegidas.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A secretária de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza afirmou nesta quarta-feira que o Governo quer alargar até ao final da legislatura o modelo de gestão colaborativa do Parque do Tejo Internacional a outras áreas protegidas.
"Em primeiro lugar, celebramos este protocolo de co-gestão que já está em avaliação e que queremos mais tarde alargar a outras áreas protegidas. Mais tarde é ainda nesta legislatura", afirmou Célia Ramos.
A governante falava durante a cerimónia de assinatura dos protocolos "Promover e Valorizar o Parque Natural do Tejo Internacional (PNTI)" e "Compatibilizar a Gestão Cinegética com a Conservação da Natureza do Parque Natural do Tejo Internacional", que se realizou no Centro de Apoio às Actividades da Natureza, em Malpica do Tejo, em Castelo Branco.
Os projectos, financiados pelo Fundo Ambiental, contam com uma dotação total de 300 mil euros para valorizar o PNTI e encontram-se integrados no Projecto-Piloto para a Gestão Colaborativa do parque.
"Hoje, sabemos que, para a protecção dos habitats e das espécies, a presença de pessoas é fundamental. Já lá vai o tempo em que proteger por proteger, chegava. Os nossos territórios são territórios onde a presença de pessoas e a cooperação das comunidades é fundamental", disse.
Célia Ramos explicou que com a assinatura destes dois protocolos conclui-se uma etapa, mas começa outra, "muito mais trabalhosa", que é a sua execução real.
"Em Maio deste ano, aprovámos a estratégia nacional da conservação da natureza e da biodiversidade, uma estratégia que estava em falta, diria desde 2010 ou 2011, momento em que deveria ter sido revista. E a circunstância de o termos feito este ano ajudou-nos a tomar a realidade do rumo que esta dimensão da natureza e da biodiversidade deveria tomar no século XXI", concluiu.
A secretária de Estado realçou ainda o esforço que tem vindo a ser feito no reforço dos vigilantes da natureza e disse que o objectivo é duplicar o número destes profissionais.
Já o presidente do Conselho de Gestão, Luís Pereira, realçou o trabalho feito ao longo dos últimos 18 meses no PNTI. "Um ano e meio depois do lançamento do projecto-piloto [gestão], as almas mais inquietas perceberam que era este o caminho", frisou.
Este responsável disse que nos últimos 18 meses a grande preocupação foi ouvir as pessoas e adiantou que foram feitas auscultações públicas para perceber as expectativas e as falhas existentes no PNTI.
"Foi um trabalho importante e é um instrumento que fica para o futuro", afirmou.