Sp. Braga investigado por alegado "saco azul" de 2,5 milhões
PGR confirma que foi aberto um inquérito-crime por causa de uma denúncia.
O Sporting de Braga está na mira da justiça por causa de transacções sem factura ou com recurso a documentos falsos que somam 2,5 milhões de euros. A Sociedade Anónima Desportiva que gere o futebol do Sp. Braga garante tratar-se de "factos falsos". A notícia é avançada pelo Jornal de Notícias (JN) neste domingo. A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou nesta manhã ao PÚBLICO que recebeu uma denúncia que foi remetida ao Departamento de Investigação e Acção Penal de Braga, "onde deu origem a um inquérito".
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O Sporting de Braga está na mira da justiça por causa de transacções sem factura ou com recurso a documentos falsos que somam 2,5 milhões de euros. A Sociedade Anónima Desportiva que gere o futebol do Sp. Braga garante tratar-se de "factos falsos". A notícia é avançada pelo Jornal de Notícias (JN) neste domingo. A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou nesta manhã ao PÚBLICO que recebeu uma denúncia que foi remetida ao Departamento de Investigação e Acção Penal de Braga, "onde deu origem a um inquérito".
Segundo o JN, em causa está a existência de um alegado "saco azul" na SAD do Sp. Braga, referenciado na tal denúncia que indica que isto envolve transacções sem facturas ou com facturas falsas no valor de 2,5 milhões de euros. O mesmo jornal acrescenta que na denúncia "constam 19 itens: facturas (13) de serviços nunca prestados; movimentos de transferências de jogadores (comissões); pagamento para compensar silêncio do guarda-redes Cássio Oxemenine; serviços pagos a bruxo; falsificação de documentos para eleições e viagens e outras compensações de pessoas externas ao clube". A mesma denúncia indica que estas pessoas seriam "políticos e outros".
Ao JN, a direcção da SAD do Sp. Braga garante que isto são "factos falsos", contando ter sido alvo de "chantagem por parte do ex-director-geral, João Gomes". Os responsáveis da SAD acrescentam que puseram João Gomes em tribunal, a quem acusa de "tentar extorquir dinheiro à sociedade com base na imputação de factos falsos". Gomes foi despedido pela SAD, correndo termos um processo der natureza laboral que envolve as duas partes.
O JN refere que João Gomes é um ex-homem de confiança do presidente do Sp. Braga, António Salvador, que lhe instaurou um processo disciplinar. Este processo terminaria com o despedimento por justa causa, baseado numa alegada "chantagem" de João Gomes, que teria reclamado 250 mil euros de indemnização, um carro e a hipótese de receber subsídio de emprego, sob pena de denunciar as facturas falsas que serviriam para desviar dinheiro do clube.