Enfermeiros esperam uma adesão "altíssima" à greve

A paralisação serve para reivindicar alteração na contagem de pontos para descongelamento de carreiras, pagamento do suplemento remuneratório e mais contratações.

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Maria João Gala

A dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) Guadalupe Simões disse nesta quinta-feira que as expectativas dos profissionais para a adesão à greve, que teve início às 8h, "são altíssimas". "É uma greve convocada pela maioria dos sindicatos de enfermagem em torno daquilo que são as justas revindicações dos enfermeiros e contra o posicionamento do Governo", disse Guadalupe Simões pouco depois do início da paralisação.

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A dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) Guadalupe Simões disse nesta quinta-feira que as expectativas dos profissionais para a adesão à greve, que teve início às 8h, "são altíssimas". "É uma greve convocada pela maioria dos sindicatos de enfermagem em torno daquilo que são as justas revindicações dos enfermeiros e contra o posicionamento do Governo", disse Guadalupe Simões pouco depois do início da paralisação.

Os enfermeiros iniciaram dois dias de greve nacional com o objectivo de pressionar o Governo a apresentar uma contraproposta ao diploma da carreira de enfermagem. Guadalupe Simões sublinha que "a principal reivindicação" é uma proposta que esteja de acordo com os compromissos enquadrados pelo protocolo negocial.

"O Governo assumiu o compromisso de valorizar a carreira de enfermagem, as funções de enfermeiro especialista e de enfermeiros na área da gestão e, vergonhosamente, a proposta que apresentou é ao arrepio dos compromissos assumidos e, portanto, não nos restou alternativa se não manter esta greve e apelar a uma adesão maciça dos enfermeiros", sustenta Guadalupe Simões.

Numa reunião negocial que teve lugar na terça-feira, a CNESE, comissão que reúne o SEP e o SERAM (Sindicato de Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira), teve "a oportunidade de oralmente repudiar a proposta apresentada pelo Governo, apesar de já o ter feito por escrito", contou.

"Face a esta posição por parte dos sindicatos, o Governo pondera apresentar uma nova proposta, mas a verdade é que, até agora, não aconteceu e, portanto, esta greve vai concretizar-se da mesma forma que o processo reivindicativo continuará caso não haja alteração por parte do Governo", salientou a mesma dirigente sindical.

Convocada por todos os sindicatos de enfermeiros (SEP, Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem, Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal, Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros e o SERAM), a greve, que termina às 24 horas de sexta-feira visa ainda exigir a "justa e correcta" contagem dos pontos para efeito do descongelamento das progressões na carreira, a todos os enfermeiros, independentemente do vínculo.

Reivindica também o pagamento do suplemento remuneratório aos enfermeiros especialistas, a admissão de mais profissionais de saúde, um salário mínimo de 1600 euros mensais, a possibilidade de chegar ao topo da carreira técnica superior, suplementos para funções de especialista, a criação de categoria na área da gestão e a aposentação antes dos 66 anos.