BE vai insistir na taxa antiespeculação imobiliária

Catarina Martins disse que houve uma tentativa de “condicionar o BE”.

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Nuno Ferreira Santos

Catarina Martins revelou nesta quinta-feira que o Bloco de Esquerda vai insistir na ideia de agravar os impostos a quem faz especulação imobiliária, incluída num pacote de medidas para o imobiliário. Uma taxa que causou forte polémica entre o Governo e bloquistas, com o primeiro dizer que era uma medida feita à pressa e o BE a afirmar que a proposta vinha a ser negociada desde Maio e que até era bem vista pelas Finanças.

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Catarina Martins revelou nesta quinta-feira que o Bloco de Esquerda vai insistir na ideia de agravar os impostos a quem faz especulação imobiliária, incluída num pacote de medidas para o imobiliário. Uma taxa que causou forte polémica entre o Governo e bloquistas, com o primeiro dizer que era uma medida feita à pressa e o BE a afirmar que a proposta vinha a ser negociada desde Maio e que até era bem vista pelas Finanças.

“Esta é uma proposta importante (…) Nós fazemos negociações para chegar lá (a proposta ser aprovada)”, afirmou Catarina Martins em entrevista à RTP, garantindo que o BE continua a trabalhar neste e em outras propostas.

Sobre o chamado “caso Robles”, a líder do BE diz que o partido e Ricardo Robles fizeram o que tinha de ser feito. “O Ricardo Robles tomou uma opção errada. Pessoal, legal mas errada. Do ponto de vista do que defende o BE”, salientou.

Sobre o facto de alguns dizerem que o BE é um partido “com superioridade moral sobre os outros”, recusou a ideia a afirmando que o Bloco é “um partido exigente” e “capaz de reconhecer os seus erros”.

Catarina Martins recusou comentar a frase de António Costa que disse que o caso Robles era um “pecadilho”. Mas não deixou de afirmar que “houve uma certa ideia que o BE poderia ser condicionado” e de “limitar a intervenção do Bloco”. “O BE não se deixa condicionar”, garantiu na entrevista à RTP.

Catarina Martins revelou ainda que o BE está a negociar com o executivo baixar a taxa sobre a electricidade para 6%.

Questionada sobre se se vê como ministra num futuro executivo, Catarina Martins não disse que sim nem que não: “Todos os partidos, quando se candidatam a eleições, candidatam-se para que o seu programa político possa ser Governo.”