Cantina Peruana muda-se para o Cais do Sodré

Novo espaço tem porta directa para a rua, um bar que funciona autonomamente e algumas novidades na carta.

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O restaurante de José Avillez com o chef peruano Diego Muñoz emancipou-se - do espaço que ocupava dentro do Bairro do Avillez, no Chiado, Lisboa, mudou-se agora para o Cais do Sodré, onde passa a ter porta directa para a rua e até um bar que funciona autonomamente, servindo pisco sour e outras bebidas a quem passar por ali e espreitar pela janela.

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O restaurante de José Avillez com o chef peruano Diego Muñoz emancipou-se - do espaço que ocupava dentro do Bairro do Avillez, no Chiado, Lisboa, mudou-se agora para o Cais do Sodré, onde passa a ter porta directa para a rua e até um bar que funciona autonomamente, servindo pisco sour e outras bebidas a quem passar por ali e espreitar pela janela.

Com a mudança, “a Cantina ganha maior identidade”, explica Avillez. “E estamos a cinco minutos do Chiado. Aliás, o Cais do Sodré é o prolongamento natural do Chiado.” Ganha também um carácter um pouco mais descontraído. “No Bairro, ela tinha um posicionamento um pouco mais de fine dining, mas acabava por ficar entre dois mundos.”

Na sua nova localização, o peruano fica mesmo ao lado do novo projecto de Avillezcom o chef libanês Joe Barza, o Za’atar. O interior é discreto, sem grandes elementos decorativos que apontem para o Peru, mas é isso mesmo que Avillez e Diego Muñoz pretendem. “Os restaurantes étnicos só são berrantes fora dos respectivos países. Nos seus países não são e o Diego quis que este espaço não tivesse cores muito estridentes e fosse o mais parecido possível com o que são realmente as cantinas no Peru.”

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DR/Grupo José Avillez

Na carta há algumas novidades: o couvert, que é agora um chips de alga nori com emulsão de lima e aji limo e milho chulpi tostado; o tiradito de atum com leite de tigre nikkei (influência japonesa), rábano branco e sésamo e, nas sobremesas, uma papaia com um leite de tigre de manga.

Anteriormente organizada a partir de uma lógica das influências de outros países, como o Japão ou a China, na cozinha peruana, a carta da Cantina passa agora a ter uma leitura mais simplificada, com uma divisão a partir dos tipos de confecção, sejam os crus, as frituras, o wok ou as brasas.

Avillez destaca ainda o saltado do mar, feito no wok, que mostra a forma diferente da portuguesa como, em alguns pratos, os peruanos tratam os produtos do mar. “Este tem tempero de carne, com um molho feito com redução de galinha. Não é o que um português associa ao mar, mas é delicioso”, diz.