Quadro de David Hockney pode tornar-se no mais caro de um artista vivo

A notícia foi veiculada pela leiloeira Christie’s que estima a sua possível venda em mais de 68 milhões de euros.

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O quadro do artista britânico David Hockney, Retrato de um artista (Piscina de duas figuras), pode vir a tornar-se no mais caro de um artista vivo. A notícia foi veiculada pela leiloeira Christie’s que estima a sua possível venda em mais de 68 milhões de euros. No final da semana Alex Rotter da Christie’s veio dizer que o preço deverá rondar esse preço, tendo em conta o historial do mercado, mas é esperado que o seu valor venha a aumentar. O leilão está marcado para 15 de Novembro.

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O quadro do artista britânico David Hockney, Retrato de um artista (Piscina de duas figuras), pode vir a tornar-se no mais caro de um artista vivo. A notícia foi veiculada pela leiloeira Christie’s que estima a sua possível venda em mais de 68 milhões de euros. No final da semana Alex Rotter da Christie’s veio dizer que o preço deverá rondar esse preço, tendo em conta o historial do mercado, mas é esperado que o seu valor venha a aumentar. O leilão está marcado para 15 de Novembro.

O quadro é de 1972, representando Peter Schlesinger, que David Hockney em diversas ocasiões disse ter sido “o amor da sua vida”, à beira da piscina, contemplando a sua distorção aquática, num gesto de catarse, na altura em que a relação já se havia desintegrado. O actual recorde da obra mais cara pertencente a um artista vivo é do americano Jeff Koons, com Ballon dog (Orange), vendida por 58 milhões de dólares em 2013. O ano passado Hockney, de 81 anos, foi alvo de muito mediatismo, graças a retrospectivas da sua obra apresentadas na Tate Britain de Londres, no Centro Pompidou de Paris e no MET – Metropolitan de Nova Iorque.

A obra pertence ao bilionário Joe Lewis, que está por detrás da equipa de futebol inglesa do Tottenham e que vive nas Bahamas. Antes da sua venda em Nova Iorque, a obra será ainda exibida em Hong Kong, Londres e Los Angeles. Algumas das obras mais conhecidas de Hockney reportam-se à altura em que chegou à Califórnia. Foi aí que, em Janeiro de 1964, iria aportar, fugindo do opressivo clima social inglês, sendo seduzido pelo hedonismo e tolerância, pelos espaços abertos, pelo culto do corpo, pelas casas luxuosas com piscinas e pela luz branca. São dessa fase algumas das suas obras mais icónicas como a que em Novembro poderá vir a transformar-se na mais cara de sempre de um artista vivo.