Movimento de defesa da Quinta dos Ingleses irá à Assembleia
SOS Quinta dos Ingleses convocado pela Comissão de Ambiente para ir à Assembleia. Movimento cívico deverá também avançar com uma providência cautelar contra a construção da mega-urbanização
O Movimento cívico SOS Quinta dos Ingleses será recebido na Assembleia da República para uma audição com a Comissão de Ambiente, no próximo dia 20 de Setembro. A iniciativa cívica informou em comunicado que avançará também com uma providência cautelar contra a Câmara Municipal de Cascais. O objectivo é travar a construção da mega-urbanização prevista para os terrenos conhecidos como Quinta dos Ingleses, que são contíguos à zona costeira de Carcavelos.
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O Movimento cívico SOS Quinta dos Ingleses será recebido na Assembleia da República para uma audição com a Comissão de Ambiente, no próximo dia 20 de Setembro. A iniciativa cívica informou em comunicado que avançará também com uma providência cautelar contra a Câmara Municipal de Cascais. O objectivo é travar a construção da mega-urbanização prevista para os terrenos conhecidos como Quinta dos Ingleses, que são contíguos à zona costeira de Carcavelos.
A petição “Em Defesa do Ambiente e Espaços Verdes em Carcavelos e Parede” já conta com mais de 7250 assinaturas e contesta a proposta considerada “megalómana”, por parte da população, de construir 906 fogos (anteriormente eram 939) numa área de 54 hectares.
O mega-empreendimento previsto no Plano de Pormenor do Espaço de Reestruturação Urbanística de Carcavelos - Sul (PPERUCS), que foi aprovado em 2014, tem vindo a ser contestado ao longo do tempo pela população. Em Abril, o grupo em declarações à Lusa afirmava que pretendia reduzir a área de construção de forma significativa e propor a criação de um espaço verde amplo junto à praia, onde predominariam “áreas de lazer, bem-estar e desporto ao ar livre em simbiose entre o Homem e a Natureza”, segundo a nota divulgada à altura.
A autarquia argumentou que se o PPERUCS não fosse aprovado, poderia arriscar ter de pagar uma indemnização de pelo menos 264 milhões de euros aos promotores (a imobiliária Alves Ribeiro e a St. Julian’s School Association). O movimento considerou que a justificação dada em relação ao pagamento de uma eventual indemnização era um “ataque ambiental à praia e aos desportos náuticos, à mobilidade e à qualidade de vida dos moradores e dos visitantes de Carcavelos”.
Texto editado por Ana Fernandes