TAP recusa Montijo para não perder ligação entre voos
O presidente executivo da TAP, Antonoaldo Neves, referiu hoje ser a favor do novo aeroporto no Montijo, mas que não o vai utilizar para garantir que haja voos de ligação.
“Sou a favor do Montijo, mas não o quero usar porque senão perco o ‘hub’ (plataforma de ligações), a conectividade”, indicou o presidente executivo da TAP, aos deputados, recordando que na infra-estrutura prevista como complementar ao aeroporto de Lisboa não podem aterrar aviões grandes.
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“Sou a favor do Montijo, mas não o quero usar porque senão perco o ‘hub’ (plataforma de ligações), a conectividade”, indicou o presidente executivo da TAP, aos deputados, recordando que na infra-estrutura prevista como complementar ao aeroporto de Lisboa não podem aterrar aviões grandes.
“Desejo tudo de bom para o Montijo, o mais rápido possível”, acrescentou ainda.
Sobre o Porto, o dirigente referiu haver condições para avançar com uma base “sem restrições e que tenha condições para ter a quantidade de pilotos e de tripulantes” que a companhia deseja.
Porém, as condições dessa base estão dependentes de um novo Acordo de Empresa (AE) com o sindicato dos tripulantes de cabine.
Aos deputados, Antonoaldo Neves voltou a garantir que houve um acordo com direcção do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) e que há documentos assinados. “O que eu combino, eu cumpro”, concluiu.
Depois de mais de três horas de audição, o CEO manifestou “tristeza enorme” que os tripulantes não usufruam das condições que a TAP apresentou na proposta do novo Acordo de Empresa (AE).
Antonoaldo Neves disse que as discussões de aumentos salariais até 2023 estavam incluídas na negociação do novo acordo e instou o SNPVAC a clarificar se quer continuar este processo ou abrir um novo.
“É uma questão de palavra, uma questão de honrar o que está comprometido”, reafirmou.
O CEO informou que num dos acordos firmados com um dos sindicatos ficou estipulado que não haverá mais de 2% de recurso a tripulações contratadas externamente e que não entrou na corrida da compra da SATA porque o “modelo de governança era um pouco diferente” do esperado.