Os Belle Chase Hotel vão reunir-se e o que virá depois "logo se vê"
Este sábado, no último dos três dias do festival conimbricense Lux Interior, a banda de JP Simões voltará aos palcos pela primeira vez desde 2011 para celebrar os 20 anos de Fossanova, o disco de estreia.
Fossanova, o primeiro álbum dos conimbricences Belle Chase Hotel, saiu em 1998. É para assinalar essas duas décadas do disco de Sunset Boulevard, em que se cantava sobre um novo McDonald’s na rua homónima de Los Angeles, que a ecléctica banda voltará a juntar-se em concerto pela primeira vez desde 2011. O regresso está marcado para sábado, terceiro e último dia do Lux Interior, o festival com o nome do vocalista dos Cramps que a editora local Lux Records leva ao Convento de São Francisco, em Coimbra.
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Fossanova, o primeiro álbum dos conimbricences Belle Chase Hotel, saiu em 1998. É para assinalar essas duas décadas do disco de Sunset Boulevard, em que se cantava sobre um novo McDonald’s na rua homónima de Los Angeles, que a ecléctica banda voltará a juntar-se em concerto pela primeira vez desde 2011. O regresso está marcado para sábado, terceiro e último dia do Lux Interior, o festival com o nome do vocalista dos Cramps que a editora local Lux Records leva ao Convento de São Francisco, em Coimbra.
Os materiais de divulgação do festival antecipavam que a banda, que depois de Fossanova só lançou mais um disco, La Toilette des Etóiles, em 2000, tendo posto fim à sua existência poucos anos depois, tem já um novo trabalho na calha. Mas não é bem assim, diz JP Simões, vocalista e letrista dos Belle Chase Hotel, ao PÚBLICO: “Ainda não chegámos a decisão nenhuma sobre fazer ou não outro disco. Estou a trabalhar com o Pedro Renato [o compositor] já há algum tempo, a trocar temas. A nossa ideia nunca foi fazer algo com a designação Belle Chase Hotel ou retomar formações. Até acho que qualquer um de nós evoluiu bastante ou voou para outras paragens. Iríamos fazer um som completamente diferente, espero, pelo menos mais parecido com as diferenças que o tempo nos foi imprimindo", esclarece. "Pode acontecer que eu envie músicas ao Pedro e ele a mim e nenhum de nós ache muita piada. Não temos obrigação. A banda acabou há muitos anos, creio que ninguém está a morrer à fome ao ponto de precisar desse tipo de expediente”, prossegue.
A reunião surge, portanto, porque se celebram os 20 anos do disco de estreia. “Surgiu não por uma iniciativa criativa ou artística, mas porque o nosso primeiro agente, o Rui Ferreira, que é o director do festival, convidou a banda com esse pretexto”, explica. “Toda a gente disse ‘óptimo’, estamos com um espírito saudável de reencontro. Não estamos a dar passos maiores do que as pernas. Logo se vê”, continua JP Simões, acrescentando que “possivelmente haverá uma reedição do disco pela Valentim de Carvalho”.
Mas ainda é cedo para definir o que quer que seja. Quando os Belle Chase Hotel se reuniram pela última vez, há sete anos, também se falou numa reedição que acabou por não acontecer. “As pessoas falam muito e às vezes não fazem, estou um bocadinho mais cuidadoso nesse aspecto”, resume. É também possível que a reunião se estenda a outras datas. “É algo que ficou vagamente em aberto”, mas que “antes de ser anunciado precisa de ser confirmado”.
Nos últimos anos, JP Simões, que nos anos 2000 formou o Quinteto Tati com o também Belle Chase Hotel Sérgio Costa, hoje nos The Millions, tem tido uma forte carreira a solo. Em 2016 lançou um álbum enquanto Bloom e este ano concorreu em nome próprio ao Festival da Canção com Alvoroço. Pedro Renato, o compositor, teve os Azembla’s Quartet e agora tem os Mancines, tudo ao lado da também Belle Chase Hotel Raquel Ralha, que também tem Ellas e um duo com Renato chamado Raquel Ralha & Pedro Renato.
Além de Belle Chase Hotel, os três dias de Lux Interior contarão, na quinta-feira, com Ruby Ann e Portuguese Pedro, e na sexta-feira com The Legendary Tigerman e The Twist Connection. Os Belle Chase Hotel dividirão a noite de encerramento com os The Walks.
“Neste concerto vamos ouvir-nos a tocar e vamos sondar essencialmente o que é que ainda faz sentido hoje e o que é que não faz e pronto. Ou vai ser um concerto comemorativo ou o princípio de uma coisa que implique alguma continuidade da banda”, partilha JP Simões, repetindo: “Logo se vê.”