PS não aprovará "taxa Robles", Bloco mantém proposta nas negociações
Carlos César assume que PS não aprovará taxa especial proposta pelo BE contra a especulação imobiliária.
O líder parlamentar do PS manifestou-se esta terça-feira contra a taxa especial proposta pelo Bloco de Esquerda em relação a negócios no sector do imobiliário, contrapondo que a "especulação" combate-se com aumento da oferta de habitação acessível.
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O líder parlamentar do PS manifestou-se esta terça-feira contra a taxa especial proposta pelo Bloco de Esquerda em relação a negócios no sector do imobiliário, contrapondo que a "especulação" combate-se com aumento da oferta de habitação acessível.
Em declarações à agência Lusa, Carlos César afirmou que "não há qualquer intenção do Grupo Parlamentar do PS aprovar a proposta do Bloco de Esquerda".
"Pelo contrário, a especulação não se combate com uma taxa que é uma repetição do imposto de mais-valias que já existe. A especulação combate-se eficazmente com o aumento de oferta de habitação acessível, como o Governo propôs e aguarda aprovação na Assembleia da República", acrescentou o líder da bancada socialista.
Já António Costa, aos microfones da SIC Notícias, comentou a proposta do Bloco considerando que foi “feita à pressa”. Para o primeiro-ministro, que nem percebe bem a medida, há um imposto que “já tributa o que há a tributar”.
Mariana Mortágua reagiu à recusa dos socialistas como uma nota na sua conta no Twitter afirmando que não esperava esta posição do PS. “A especulação expulsa muita gente das cidades. A nossa proposta dirige-se a fundos que não constroem ou reabilitam, só inflacionam preços. Do CDS já esperávamos voto contra, do PS não. É errado fechar portas ao princípio sem discutir medida. Mantemos proposta nas negociações”, escreveu a dirigente bloquista.
Quem recusou qualquer comentário sobre a matéria foi o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, alegando que o assunto respeita ao Orçamento do Estado de 2019.
No domingo, a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, anunciou uma proposta para travar a especulação imobiliária, adiantando que essa medida tem condições para ser aprovada no âmbito do Orçamento do Estado para 2019.
Catarina Martins disse que o mecanismo proposto seria semelhante à taxação "dos movimentos da especulação em bolsa", sujeitando a uma taxa especial quem compra e vende num curto período de tempo e com muito lucro.