O Terminal B quer ser uma janela de reflexão para o Barreiro
Durante um ano, uma janela anexa ao Mercado Municipal do Barreiro servirá de montra a exposições. O Terminal B vai juntar 12 personalidades, cada uma das quais com uma visão própria sobre a cidade.
A 8 de Setembro de 2009 abria ao público o novo Mercado Municipal 1.º de Maio, no Barreiro. Fruto da requalificação profunda que sofreu, nasceu, num edifício anexo, uma janela, que se manteve esquecida ao longo dos anos. Foi esta janela, ali mesmo no centro da cidade, que moveu Frederico Vicente, Diogo Simões e Paula Simão a organizarem uma série de exposições sobre o Barreiro. “A janela era uma montra com enorme potencial e que não estava a ter qualquer uso”, confessa. Foi assim que nasceu o Terminal B, iniciativa que vai convidar 12 personalidades de fora do Barreiro a apresentarem a sua visão sobre a cidade. “O objectivo é reflectir o território através da prática artística, apresentando peças que comuniquem o Barreiro”, assume Frederico Vicente, para quem esta é uma forma de demonstrar as potencialidades da sua cidade a quem é de fora.
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A 8 de Setembro de 2009 abria ao público o novo Mercado Municipal 1.º de Maio, no Barreiro. Fruto da requalificação profunda que sofreu, nasceu, num edifício anexo, uma janela, que se manteve esquecida ao longo dos anos. Foi esta janela, ali mesmo no centro da cidade, que moveu Frederico Vicente, Diogo Simões e Paula Simão a organizarem uma série de exposições sobre o Barreiro. “A janela era uma montra com enorme potencial e que não estava a ter qualquer uso”, confessa. Foi assim que nasceu o Terminal B, iniciativa que vai convidar 12 personalidades de fora do Barreiro a apresentarem a sua visão sobre a cidade. “O objectivo é reflectir o território através da prática artística, apresentando peças que comuniquem o Barreiro”, assume Frederico Vicente, para quem esta é uma forma de demonstrar as potencialidades da sua cidade a quem é de fora.
Durante um ano, a janela funcionará, então, como um museu de rua, que abrigará 12 exposições, uma por cada artista, uma em cada mês do ano, sempre aos sábados. O propósito passa, também, por levar a arte até às pessoas. “Democratizar a ideia de ir ao museu”, como diz Frederico Vicente. Os artistas terão liberdade total, até porque o que se pretende é a promoção da discussão sobre a cidade. “Queremos apenas reflectir, sem qualquer tipo de pretensões”, assume. Pela janela vão passar obras de artistas plásticos, arquitectos, historiadores, geógrafos, entre outros.
A primeira a expor será Joana Geraldes, já a 15 de Setembro. A artista que trabalha com litografia apresenta quatro gravuras utilizando uma técnica de escavação em chapa de zinco. Modos e Meios aborda a paisagem piscatória e industrial da cidade da margem Sul do Tejo. Depois será a vez de Margarida Pereira, arquitecta, que em Outubro apresentará um roteiro sobre o património industrial — um dos principais símbolos da cidade.
Além disso, e sempre que se justificar, os artistas poderão complementar a intervenção com actividades paralelas, como workshops e palestras. “O objectivo é dar uma visão o mais profunda e abrangente possível”, assume Frederico Vicente. O organizador do Terminal B manifesta ainda a intenção de promover uma open call, já mais no final do projecto, para incluir participações de outros artistas, num outro espaço cultural da cidade.
A Estação Sul e Sueste
O Terminal B é a primeira iniciativa da Estação Sul e Sueste, um grupo informal, criado em Janeiro de 2018, composto por Frederico e Diogo, de 28 anos e Paula, de 25. Os amigos sentiram a necessidade de promover o debate e de falar da sua terra, de “mexer” com a comunidade e lançar a discussão. Daí o nome “estação”, enquanto símbolo de movimento e inquietude.
“Somos como uma mesa redonda onde podemos convidar outras pessoas para discutir o que queremos”, desvenda Frederico. Para já, na mesa redonda terão assento 12 pessoas.