Primeiros cinco novos centros de saúde em Lisboa para breve

Alta de Lisboa, Alto dos Moinhos, Alcântara, Restelo e Beato terão os primeiros centros de saúde no âmbito do programa “Lisboa, SNS Mais Próximo”, que a autarquia celebrou em Março do ano passado com o Governo. Empreitadas custarão à autarquia dez milhões de euros.

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Jose Fernandes

Está para breve o lançamento da construção de cinco novos centros de saúde na cidade de Lisboa. Alta de Lisboa (Santa Clara), Alto dos Moinhos (São Domingos de Benfica), Alcântara, Restelo e Beato, deverão ser os primeiros locais com novos equipamentos de saúde, anunciou esta terça-feira o vereador das Finanças da câmara de Lisboa, João Paulo Saraiva. O responsável respondia, na assembleia municipal, ao deputado d' Os Verdes, Sobreda Antunes, que pedia que se fizesse um ponto de situação ao programa “Lisboa, SNS Mais Próximo”, que a autarquia celebrou no ano passado com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.

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Está para breve o lançamento da construção de cinco novos centros de saúde na cidade de Lisboa. Alta de Lisboa (Santa Clara), Alto dos Moinhos (São Domingos de Benfica), Alcântara, Restelo e Beato, deverão ser os primeiros locais com novos equipamentos de saúde, anunciou esta terça-feira o vereador das Finanças da câmara de Lisboa, João Paulo Saraiva. O responsável respondia, na assembleia municipal, ao deputado d' Os Verdes, Sobreda Antunes, que pedia que se fizesse um ponto de situação ao programa “Lisboa, SNS Mais Próximo”, que a autarquia celebrou no ano passado com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.

Em Março de 2017, a autarquia assinou com o Governo vários protocolos para a construção e reabilitação, até 2020, de 14 novas unidades de saúde na cidade, em que 11 seriam construídas de raiz, e as outras três nasceriam em edifícios que seriam reabilitados para o efeito. 

“Estranhamente, um ano e meio depois, não há qualquer anúncio público sobre o desenrolar deste programa subscrito com o Governo”, criticou Sobreda Antunes.

O deputado lembrou que "Lisboa ainda tem centros de saúde a funcionar em edifícios de habitação sem condições para os cuidados de saúde que os lisboetas necessitam”. notando que vários estão “afastados das populações, têm deficientes condições de acesso, com elevadores apertados que não permitem o seu uso por cadeiras de rodas” e que não permitem a instalação de novos serviços nem de novos meios de diagnóstico. 

Na resposta, o vereador João Paulo Saraiva referiu que os projectos dos centros de saúde previstos para a Alta de Lisboa, Alto dos Moinhos, Alcântara, Restelo e Beato estão concluídos e que o lançamento das empreitadas será discutido na reunião do executivo marcada para 26 de Setembro. 

“São projectos complexos, que tiveram de ser consensualizados em diferentes matérias, nomeadamente na área da saúde”, frisou o responsável pela pasta das Finanças. O centro previsto para Fonte Nova, em Benfica, e a transferência do centro de saúde das Mónicas, na Graça, para as instalações reabilitadas do Mercado de Sapadores estão também numa “fase de projectos bastante adiantada”, notou. 
 
A construção e reabilitação destes cinco centros implicará um investimento de dez milhões de euros por parte da autarquia. No total, segundo as contas do município, estas 14 infra-estruturas deverão custar cerca de 30 milhões euros, suportados por um empréstimo que a câmara de Lisboa contraiu junto do Banco Europeu de Investimento (BEI) e que “vai permitir à cidade modernizar esta área da saúde”, vincou João Paulo Saraiva.

Na apresentação deste programa, o autarca, Fernando Medina, e o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, que seria “o maior investimento das últimas décadas” na capital e o mais ambicioso “desta maior vaga de investimento público dos últimos anos” na saúde. 

Aos 30 milhões de euros, acresce o valor dos terrenos – alguns na posse do Ministério da Saúde, outros municipais. Ao longo dos anos, caso o Estado central fique titular dos equipamentos, pagará este investimento à câmara através de uma renda. 

Na ocasião, Fernando Medina ressalvou que os novos centros vão servir 300 mil pessoas, melhorando o "acesso aos cuidados de saúde de mais de metade da população residente em Lisboa".