CDS abre porta a ensino bilingue na escola pública
CDS já tem alinhavadas algumas propostas com que se vai apresentar ao eleitorado em 2019.
Com a construção do programa eleitoral a bom ritmo, o CDS já tem alinhavadas algumas propostas com que se vai apresentar ao eleitorado em 2019. Uma delas é o alargamento aos 12 anos da escolaridade obrigatória do inglês, com a atribuição de um certificado no final e a possibilidade de introduzir o ensino bilingue na escola pública. É possível que o programa seja tornado público já no final deste ano, a nove meses das legislativas.
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Com a construção do programa eleitoral a bom ritmo, o CDS já tem alinhavadas algumas propostas com que se vai apresentar ao eleitorado em 2019. Uma delas é o alargamento aos 12 anos da escolaridade obrigatória do inglês, com a atribuição de um certificado no final e a possibilidade de introduzir o ensino bilingue na escola pública. É possível que o programa seja tornado público já no final deste ano, a nove meses das legislativas.
“Parece-nos possível que, gradualmente, com todas as cautelas que isso tem de ter no domínio da língua materna, passar a haver algumas disciplinas leccionadas em inglês”, adiantou ao PÚBLICO Ana Rita Bessa, referindo História e Ciências como exemplo. “Não se trata de propor a radicalidade de um sistema bilingue na escola pública mas permitir que haja essa flexibilidade”, referiu a deputada, que faz parte do grupo de trabalho que está a preparar o programa eleitoral.
Assumindo o ensino de uma língua estrangeira como um valor acrescido, o CDS quer tornar obrigatório o inglês desde o primeiro ano do ciclo e estabelecer a atribuição de um certificado por parte de uma entidade externa no 12º ano.
Com um grupo de trabalho a funcionar desde o congresso de Março, a que acresce o contributo das conferências Ouvir Portugal e do gabinete de estudos, o CDS já consegue apontar os temas fortes do programa: área laboral (como a proposta de consagrar a flexibilidade do trabalho à distância), ensino, fiscalidade e saúde. Mas a perspectiva assumida não é a tradicional e assenta num método de trabalho que parece rigoroso.
“Nós banimos algumas palavras como benefícios fiscais. Não quer dizer que não venham a estar lá, mas neste momento o que queríamos era ter um conjunto de medidas que fossem prospectivas para um Portugal de futuro. Coisas diferentes, como a introdução do digital no mundo do trabalho, do estudo ou na vida das pessoas do dia-a-dia”, revela.
O grupo de trabalho, liderado pelo vice-presidente Adolfo Mesquita Nunes, fez um levantamento de mais de 100 questões e organizou reuniões de hora e meia em que são ouvidos especialistas e independentes sobre as "vantagens, desvantagens e soluções". É deste caldo que surgem as medidas que vão constar no programa eleitoral para 2019.
Assunção Cristas tem por hábito antecipar candidatos e propostas. O programa, segundo Ana Rita Bessa, não deverá ser excepção: “Gostaríamos de ter uma versão, que se poderia tornar pública, até para melhoria do programa, até ao final do ano. Vamos ver se é possível”.