Trabalhadores da Ryanair em greve no final de Setembro

Reunidos em Roma, os funcionários dizem que o diálogo com a administração falhou e que esta continua “a ignorar as leis europeias e nacionais e a ter uma cultura de bullying que tem sido parte da empresa ao longo de décadas”.

Foto
LUSA/SERGEY DOLZHENKO

Os trabalhadores da companhia aérea Ryanair decidiram esta sexta-feira avançar para uma greve no final do mês, num protesto que também irá abranger Portugal, caso a administração da empresa não ceda às suas exigências na assembleia-geral marcada para 20 de Setembro.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Os trabalhadores da companhia aérea Ryanair decidiram esta sexta-feira avançar para uma greve no final do mês, num protesto que também irá abranger Portugal, caso a administração da empresa não ceda às suas exigências na assembleia-geral marcada para 20 de Setembro.

“As nossas exigências são muito simples: lei local, contratos locais, padrões locais”, lê-se num comunicado aprovado e difundido após uma reunião geral de trabalhadores em Roma.

As datas da paralisação deverão ser anunciadas até 13 de Setembro, prevendo-se que abranjam a última semana do mês.

“Queremos todos que a Ryanair tenha sucesso mas não a qualquer preço. Certamente não às custas dos direitos mais básicos dos trabalhadores”, lê-se.

Os trabalhadores acusam a administração da companhia de continuar “a ignorar as leis europeias e nacionais e a ter uma cultura de bullying que tem sido parte da empresa ao longo de décadas”, lamentando o fracasso de “um longo Verão de conversações e reuniões inúteis”.

Em Agosto, outra greve que abrangeu os trabalhadores afectos às bases da Ryanair na Alemanha, Suécia, Bélgica, Holanda e Irlanda afectou dezenas de milhares de pessoas em toda a Europa, incluindo Portugal.