Liga das Nações vai colocar as selecções nacionais a subir e descer de divisão
UEFA estreia hoje nova competição. As 55 selecções europeias foram distribuídas por 16 grupos em quatro escalões
Dificilmente podia haver melhor cartaz para a Liga das Nações, a novíssima competição de selecções da UEFA, do que um duelo entre os dois últimos campeões mundiais, com o Alemanha-França de logo à noite. Portugal estreia-se na segunda-feira, frente à Itália, nesta prova criada com o objectivo de combater o número de jogos particulares “insignificantes” – ao distribuir as equipas por quatro escalões (Liga A, B, C e D, cada um deles com quatro grupos), a Liga das Nações abre a possibilidade de subidas e descidas, e ainda reserva quatro vagas no Euro 2020, para as selecções que não tenham obtido a qualificação pela via normal, a atribuir num play-off.
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Dificilmente podia haver melhor cartaz para a Liga das Nações, a novíssima competição de selecções da UEFA, do que um duelo entre os dois últimos campeões mundiais, com o Alemanha-França de logo à noite. Portugal estreia-se na segunda-feira, frente à Itália, nesta prova criada com o objectivo de combater o número de jogos particulares “insignificantes” – ao distribuir as equipas por quatro escalões (Liga A, B, C e D, cada um deles com quatro grupos), a Liga das Nações abre a possibilidade de subidas e descidas, e ainda reserva quatro vagas no Euro 2020, para as selecções que não tenham obtido a qualificação pela via normal, a atribuir num play-off.
“O Campeonato do Mundo mostrou que há uma enorme vontade em ver os encontros das selecções nacionais. A UEFA sempre esteve ciente disso e do facto de o futebol de selecções precisar de mais do que encontros bienais de Verão. Os adeptos percebem que a maioria dos jogos particulares não proporciona um futebol competitivo e com significado. A relação entre o futebol de clubes e selecções nacionais precisa de um novo equilíbrio. Esse foi o pensamento que esteve na origem da Liga das Nações”, destacou o presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, na mais recente edição da revista oficial do organismo.
A competição vai realizar-se de dois em dois anos e o plano da UEFA é que nos anos ímpares seja coroado um novo vencedor da Liga das Nações (a final desta edição inaugural está marcada para 9 de Junho de 2019). Nos anos pares haverá, como de costume, Europeus ou Mundiais. “O futebol é competição e agora, tal como no futebol de clubes, haverá uma selecção campeã no final de cada temporada. Para as nações de nível médio e mais baixo, a Liga das Nações oferece uma outra forma de se apurar para as fases finais do Euro, e as equipas que lutavam contra adversários com ranking consideravelmente maior terão agora a possibilidade de disputar partidas equilibradas”, acrescentava Ceferin.
A Liga das Nações vai iniciar-se com uma fase de grupos que decorrerá até Novembro. Os primeiros classificados de cada grupo da Liga A qualificam-se para disputar, em Junho de 2019, a fase final, a eliminar. As selecções que terminarem no último lugar de cada grupo descem à Liga B, com os quatro primeiros classificados nesse escalão a fazerem o percurso ascendente. As promoções e despromoções vão também ser aplicadas entre as Ligas B, C e D.
Redenção alemã
Na primeira partida que disputam desde o Mundial 2018, Alemanha e França defrontam-se em Munique – as duas selecções regressaram da Rússia com estados de espírito diametralmente opostos. Os franceses sagraram-se campeões, enquanto os alemães, que defendiam o título conquistado em 2014, não sobreviveram à fase de grupos. “Obviamente é uma hipótese de redenção para alguns de nós”, admitiu o seleccionador alemão, Joachim Löw: “A equipa sabe que precisa de rectificar alguns aspectos. Queremos mostrar um ritmo diferente e fazer um bom jogo frente aos campeões do mundo.”
“Preparámos esta partida com a maior seriedade possível”, garantiu o seleccionador francês Didier Deschamps, rejeitando qualquer resquício de euforia relativamente ao troféu conquistado há menos de dois meses. “[O título] não é um fardo que temos de carregar. Mas não nos dá qualquer vantagem, não basta entrar em campo e dizer que vamos ganhar”, frisou o técnico.