A Comic Con começa agora, pela primeira vez em Algés e em Setembro
A quinta edição portuguesa do evento dedicado à cultura pop leva ao seu novo espaço ao ar livre nomes populares do cinema e da banda desenhada, incluindo, respectivamente, Dolph Lundgren e Mauricio de Sousa.
A Comic Con Portugal já não é o que era. Para começar, o certame de cultura pop mudou-se de Leça da Palmeira para o Passeio Marítimo de Algés, um espaço que não só é ao ar livre, como também é maior. Nesta edição, a quinta versão portuguesa do evento que começou em San Diego em 1970, terá ao seu dispor, ao todo, 100 mil metros quadrados, mais 40 mil do que havia na Exponor. Quem o diz é Paulo Rocha Cardoso, o director-geral do evento que começa esta quinta-feira e se prolonga até domingo.
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A Comic Con Portugal já não é o que era. Para começar, o certame de cultura pop mudou-se de Leça da Palmeira para o Passeio Marítimo de Algés, um espaço que não só é ao ar livre, como também é maior. Nesta edição, a quinta versão portuguesa do evento que começou em San Diego em 1970, terá ao seu dispor, ao todo, 100 mil metros quadrados, mais 40 mil do que havia na Exponor. Quem o diz é Paulo Rocha Cardoso, o director-geral do evento que começa esta quinta-feira e se prolonga até domingo.
Foi aliás para poder ser ao ar livre que a Comic Con passou para Setembro (até aqui acontecia em Dezembro) – e calhou coincidir com outro evento com o qual haverá alguma sobreposição de público, o festival de cinema de terror MOTELX.
"As várias áreas representadas", que incluem o cinema, a televisão, a manga, a banda desenhada, os videojogos, o cosplay, os YouTubers, entre outros, "têm todas novos espaços, desenhados de raiz", conta ao PÚBLICO Paulo Rocha Cardoso. "Antes, estavam confinadas ao mesmo local, com duas ou três áreas dentro do mesmo pavilhão", o que, acrescenta, por vezes fazia com que estas sofressem. "O espaço foi todo pensado de forma diferente", continua.
O cartaz, esse, inclui, no campo dos filmes e séries de TV, nomes como Dolph Lundgren, o sueco que passou de estudante de engenharia química a segurança e depois namorado de Grace Jones e se transformou numa enorme estrela de acção nos anos 1980 como o Ivan Drago de Rocky IV, papel que retomará este ano em Creed II, além de também fazer parte do elenco do vindouro Aquaman. E inclui ainda Dichen Lachman, actriz de séries criadas por Joss Whedon como Dollhouse e Agents of S.H.I.E.L.D. que este ano também apareceu em Altered Carbon, do Netflix; Dan Fogler, de Monstros Fantásticos e Onde Encontrá-los, cuja sequela sai este ano; Nicholas Hoult, de Mad Max: Estrada da Fúria e o actual Fera do universo X-Men no cinema; ou Elyes Gabel, de A Guerra dos Tronos e Scorpion.
Poderá reparar que não existem muitas mulheres nesta lista. Quando o PÚBLICO falou com o director, Dichen Lachman ainda não tinha sido sequer anunciada. Não foi deliberado, assegura Paulo Rocha Cardoso: "Muitas vezes a escolha não depende só da nossa vontade. Foram efectuados muitos convites, mas, infelizmente, existem sempre inúmeras variáveis, como agendas, famílias, férias, que não podemos contornar. Aconteceu-nos ainda há pouco tempo, convidámos o elenco de uma série só com mulheres e não deu. As pessoas vêm representar um conteúdo, não é nossa escolha termos mais mulheres ou mais homens."
As mulheres estão um pouco mais representadas na banda desenhada e nos livros, com autoras como Marjorie Liu e Sana Takeda, criadoras da saga Monstress, e um painel dedicado à Literatura Fantástica no Feminino que terá a intervenção da autora norte-americana Kendare Blake. De resto, do universo da banda desenhada marcarão presença nomes como o brasileiro Mauricio de Sousa, criador da Turma da Mônica, ou os belgas Batem, da série Marsupilami, e Yves Sente, que escreveu para a série Blake & Mortimer. Isto para não falar de nomes importantes da Marvel, com Chris Claremont, que, ao longo de uma longa carreira, escreveu para a saga X-Men e criou personagens como Legion, Kitty Pryde ou Mystique, entre muitas outras, à cabeça, além de Mark Waid, que tem escrito para as sagas Flash, Capitão América ou Os Vingadores. O mundo da literatura fantástica estará também representado por nomes como o canadiano Steven Erikson, da saga literária Império Malazano.
Mas nem só desses nomes viverá a Comic Con. Além de acções de activação de marca e de publicidade a filmes, haverá espaço para painéis e apresentações de obras de cinema e televisão nacionais que estão por vir, como Parque Mayer, Circo Paraíso ou Sara, bem como de outras que já passaram, como 1986, e também para muitas antestreias, quer portuguesas quer estrangeiras.
Já para não falar das várias outras áreas presentes: haverá espaço para YouTubers com muitos seguidores, cosplayers famosos e anónimos, e para campeonatos (e um museu) de videojogos.