Eleições e plano de paz em risco na Líbia
Se os combates continuarem em Trípoli não será possível ir a votos em Dezembro.
Sem que o governo reconhecido internacionalmente tenha qualquer capacidade de intervir nos confrontos em curso na capital da Líbia, os jornais italianos já sugeriram que Roma poderia estar a preparar-se para enviar forças especiais – o que Governo desmentiu de imediato.
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Sem que o governo reconhecido internacionalmente tenha qualquer capacidade de intervir nos confrontos em curso na capital da Líbia, os jornais italianos já sugeriram que Roma poderia estar a preparar-se para enviar forças especiais – o que Governo desmentiu de imediato.
Itália e França têm disputado o protagonismo na tentativa de mediar uma solução para a Líbia. Enquanto o Presidente Emmanuel Macron juntou no fim de Julho os dois principais líderes (que chefiam governos pararelos), o primeiro-ministro Fayez al-Serraj, e o general Khalifa Haftar, para negociar as eleições que Paris insiste que devem realizar-se este ano, Roma recebeu depois Sarraj para debater o tema que mais afecta os italianos – a partida de barcos da Líbia com requerentes de asilo que o actual Governo italiano quer impedir.
Roma quer organizar uma conferência internacional sobre a Líbia no Outono e diz que não será possível organizar eleições antes de 2019. A verdade é que se os confrontos de Trípoli se prolongarem, a própria ONU terá de pôr em dúvida a exequibilidade do seu plano de paz, centrado na realização de legislativas para formar um executivo único até Dezembro.