Bolsa para estudar no interior foi pedida por 800 alunos

Primeiro mês de candidaturas esgota quase metade dos apoios disponíveis. Ainda há mais dois meses e meio para concorrer ao Mais Superior.

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Rui Gaudêncio

Quase 800 alunos já pediram uma bolsa de estudo especial para o próximo ano lectivo ao abrigo do programa Mais Superior, que garante um apoio de 1500 euros para quem se inscrever numa instituição de ensino superior pública do interior do país. O Governo abriu este ano as candidaturas mais cedo do que é habitual, antes mesmo do arranque das aulas. O número de candidatos é suficiente para ocupar cerca de metade das 1605 bolsas disponíveis.

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Quase 800 alunos já pediram uma bolsa de estudo especial para o próximo ano lectivo ao abrigo do programa Mais Superior, que garante um apoio de 1500 euros para quem se inscrever numa instituição de ensino superior pública do interior do país. O Governo abriu este ano as candidaturas mais cedo do que é habitual, antes mesmo do arranque das aulas. O número de candidatos é suficiente para ocupar cerca de metade das 1605 bolsas disponíveis.

Até quarta-feira, data em que o PÚBLICO recolheu os dados junto da Direcção-Geral do Ensino Superior (DGES), tinham sido submetidas 775 candidaturas ao programa para o ano lectivo 2018/19. Este valor não é comparável com os anos lectivos anteriores, uma vez que esta foi a primeira vez em que as candidaturas a este apoio abriu antes do início do ano lectivo – foi lançado no final de Julho.

O número de candidaturas já submetidas é suficiente para ocupar 48% das bolsas disponíveis este ano. O Governo decidiu, no novo ano lectivo, apoiar mais 175 alunos através deste programa do que no ano anterior. Ao todo, são 1605 bolsas.

No ano passado, candidataram-se 3095 estudantes a este apoio. Cerca de metade (46%) teve direito a bolsa. O número de candidatos ao programa Mais Superior para o próximo ano lectivo deverá continuar aumentar para, pelo menos, um valor semelhante ao registado no ano passado, esperam os responsáveis das instituições de ensino superior contactados pelo PÚBLICO. O processo de candidaturas decorre até ao dia 15 de Novembro, através na plataforma BeOn da DGES.

No último ano lectivo, estavam inscritos 3690 alunos no ensino superior público apoiados por este programa – aos 1430 que tiveram bolsa pela primeira, juntam-se os estudantes seleccionados em anos anteriores e que reuniram condições para continuar a receber o subsídio. Este valor significa um aumento de 11% face ao ano lectivo anterior e de mais de 70% em relação a 2014/15, quando o Mais Superior foi lançado. Desde então, o número de estudantes apoiados tem vindo sempre a crescer.

Das 1605 bolsas Mais Superior que estão disponíveis este ano, a maior faria (695) destina-se à região Centro, onde estão abrangidos os estudantes que se inscrevam nos politécnicos de Castelo Branco, Guarda, Santarém, Tomar, bem como na Universidade da Beira Interior e na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital, que pertence ao Politécnico de Coimbra.

Para o Alentejo estão destinadas 395 bolsas (Universidade de Évora e Politécnicos de Beja e Portalegre) e no Norte estão previstas 375 (Politécnicos de Bragança e Viana do Castelo e Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro). Estão ainda abrangidas por este programa as universidades dos Açores, da Madeira e do Algarve

O que é o Mais Superior?

O Mais Superior é um programa de incentivo à frequência do ensino superior público em regiões do país com menor procura e menor pressão demográfica. Abrange também os estudantes que interromperam os seus estudos.

As bolsas, num valor de 1500 euros anuais, podem ser requisitadas quer por estudantes que reingressam no mesmo curso que anteriormente frequentaram, quer por aqueles que mudam de instituição de ensino e/ou curso.

A verba destinada a apoiar os estudantes tem uma majoração, que pode chegar a mais 225 euros por ano, para quem ingressa no ensino superior através do concurso para maiores de 23 anos e para os alunos dos cursos técnicos superiores profissionais.