Continuam as buscas pelo homem suspeito de matar a mulher na Figueira da Foz
Suspeito ainda está por localizar e as buscas continuarão durante a noite em Quiaios. O alerta para o homicídio foi dado pelo filho do casal.
Uma mulher foi assassinada pelo marido esta terça-feira no Ervedal, localidade da freguesia de Quiaios, Figueira da Foz, disse à agência Lusa fonte da GNR. As buscas para encontrar o homem suspeito do homicídio da mulher estão em curso e vão prosseguir durante a noite, com várias patrulhas.
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Uma mulher foi assassinada pelo marido esta terça-feira no Ervedal, localidade da freguesia de Quiaios, Figueira da Foz, disse à agência Lusa fonte da GNR. As buscas para encontrar o homem suspeito do homicídio da mulher estão em curso e vão prosseguir durante a noite, com várias patrulhas.
"Sabemos das dificuldades pelo cair da noite e pelas capacidades que ele tem [de saber caçar à noite]. Isso vai dificultar a nossa tarefa, naturalmente", explicou o segundo comandante do Comando Territorial de Coimbra, Henrique Armindo, em declarações aos jornalistas em Quiaios por volta das 19h. A GNR está à procura de um homem de 53 anos.
Ao início da noite, a GNR revelou em comunicado que "tem empenhadas várias patrulhas de diferentes valências, nomeadamente, dos postos territoriais, do destacamento de intervenção e binómios cinotécnicos [cães treinados]".
O alerta do homicídio foi dado pelo filho do casal às 7h35 e os primeiros militares da GNR chegaram ao local perto das 7h50. Inicialmente, as autoridades activaram uma equipa de negociadores, "dada a possibilidade de o suspeito se encontrar no interior da habitação", lê-se no comunicado. Só pelas 15h20 é que confirmaram que o suspeito não estava no interior da habitação onde ocorreu o crime.
O segundo comandante do Comando Territorial de Coimbra da GNR, Henrique Armindo, disse aos jornalistas que o homem sofre de problemas psiquiátricos. "Da informação recolhida, o suspeito não possui histórico de actos violentos, sendo considerado pela vizinhança uma pessoa calma e sem registo de conflitos", referiu a GNR, mais tarde, em comunicado.
A Guarda começou por pedir à população "que comunique, caso aviste o homem, mas que não se aproxime, porque pode estar armado e desconhece-se que tipo de comportamento poderá ter". Mais tarde, Henrique Armindo disse que o suspeito terá fugido a pé e não deverá estar armado, uma vez que "as armas que eram conhecidas que ele teria na sua posse [quatro caçadeiras -- duas dele, duas de familiares] foram todas recuperadas".
"Ao que tudo indica terá sido um homicídio com arma de fogo, uma caçadeira", informou fonte daquela força de segurança. A vítima tinha 48 anos segundo a GNR encontrava-se desempregada, tal como o marido.
A confirmar-se tratar-se de um homicídio conjugal, será o 18º registado em Portugal desde o início do ano. Nos primeiros seis meses deste ano, 16 mulheres morreram às mãos dos seus companheiros, segundo um levantamento do Observatório de Mulheres Assassinadas da associação União de Mulheres Alternativa e Resposta. Mas em Julho registou-se mais um caso, no Bombarral. A cifra deste tipo de crime em 2018 está a superar as estatísticas de 2017, ano em que se registaram 20 homicídios de mulheres.