Matteo Salvini formalmente investigado por manter migrantes a bordo do navio Diciotti

A embarcação está atracada desde esta segunda-feira no porto siciliano de Catânia. Salvini afirmou que nenhum migrante a bordo tem autorização para sair e manteve-os dentro do navio desde então.

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O ministro do Interior, Matteo Salvini Reuters/Stefano Rellandini

O Ministro do Interior italiano, Matteo Salvini, vai ser formalmente investigado por "sequestro de pessoas, detenções ilegais e abuso de poder", ao ter mantido mais de 100 migrantes e refugiados dentro do navio de resgate Diciotti, da Guarda Costeira italiana. A notícia foi avançada no sábado pelos meios de comunicação italianos.

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O Ministro do Interior italiano, Matteo Salvini, vai ser formalmente investigado por "sequestro de pessoas, detenções ilegais e abuso de poder", ao ter mantido mais de 100 migrantes e refugiados dentro do navio de resgate Diciotti, da Guarda Costeira italiana. A notícia foi avançada no sábado pelos meios de comunicação italianos.

O seu chefe de gabinete também é visado na mesma investigação, que foi iniciada pelo Ministério Público de Agrigento, na Sicília, na quarta-feira. Nesse dia, Luigi Patronaggio, procurador de Agrigento, visitou o barco e questionou os passageiros. Na sexta-feira, Salvini e dois dos responsáveis do Ministério do Interior foram interrogados. 

A embarcação está atracada desde segunda-feira no porto siciliano de Catânia. Chegou com 177 migrantes a bordo, mas entretanto 27 crianças não acompanhadas tiveram autorização para sair, assim como 16 adultos, por questões de saúde. 

Matteo Salvini afirmou que nenhum teria autorização para deixar a embarcação até que o Governo italiano tivesse garantias, por parte de outras nações europeias, de que acolheriam os migrantes a bordo. A Albânia anunciou que receberia 20 destes migrantes, a Irlanda outros 25, e os restantes serão acolhidos pela Igreja italiana.

A decisão da Justiça não esmoreceu a vontade de Matteo Salvini, o líder da Liga (partido de extrema-direita), de continuar a sua luta contra a imigração: "Eles [os magistrados] podem travar-me, mas não a vontade de 60 milhões de italianos", afirmou o ministro numa reunião política no Norte da Itália.