Empate agridoce para Benfica e Sporting na Luz
Com muito mais oportunidades e domínio de jogo, os "encarnados" não ficaram satisfeitos com o resultado, mas a exibição deixa algum optimismo para a partida decisiva com o PAOK. Peseiro teve um gigante Salin na baliza.
O Sporting de José Peseiro ultrapassou o primeiro grande teste deste arranque de campeonato saindo do Estádio da Luz com um precioso empate (1-1). O Benfica dominou grande parte do derby, criou muitas oportunidades, mas esbarrou quase sempre num inultrapassável Salin. Um gigante entre as redes “leoninas”.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O Sporting de José Peseiro ultrapassou o primeiro grande teste deste arranque de campeonato saindo do Estádio da Luz com um precioso empate (1-1). O Benfica dominou grande parte do derby, criou muitas oportunidades, mas esbarrou quase sempre num inultrapassável Salin. Um gigante entre as redes “leoninas”.
No final, o empate não deixou nenhuma equipa particularmente satisfeita. Os “leões” porque marcaram primeiro e estiveram a vencer até aos 86’; os “encarnados” pelo ascendente que tiveram no encontro.
The partial view '~/Views/Layouts/Amp2020/NOTICIA_POSITIVONEGATIVO.cshtml' was not found. The following locations were searched:
~/Views/Layouts/Amp2020/NOTICIA_POSITIVONEGATIVO.cshtml
NOTICIA_POSITIVONEGATIVO
Sobrou intensidade e faltou alguma arte ao grande clássico de Lisboa. O primeiro disputado sem Jorge Jesus num dos bancos depois de nove temporadas e 23 derbies. O treinador cedeu o palco aos seus dois herdeiros ribatejanos, que acabaram por se defrontar mais cedo do que gostariam no calendário do campeonato.
As maiores expectativas recaíam sobre o Sporting, com a equipa a ter de responder a uma partida desta exigência no meio de uma das maiores crises da história do clube. No final, apesar do empate, todos os adeptos terão respirado de alívio, mesmo ficando claro que há muito trabalho a fazer para se assumir como um real candidato ao título.
Para o Benfica, o derby surgiu numa altura complicada para as suas ambições desportivas e financeiras nesta época. Entre os dois encontros do play-off de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões com os gregos do PAOK Salónica, o conjunto de Rui Vitória teve de aplicar-se a fundo para não desiludir os seus adeptos.
Com Rafa numa das alas no lugar de Zivkovic, o Benfica foi controlando os acontecimentos, impondo o seu futebol apoiado a um jogo mais directo do adversário. Mesmo assim, foi de bola parada que criou as principais oportunidades do primeiro tempo. Nos “leões”, destacava-se a simplicidade de processos e a verticalidade que não deram grande trabalho ao guarda-redes Vlachodimos: fez a primeira defesa (fácil) aos 35’.
Em contraste total, Salin ia fazendo esquecer Rui Patrício e afirmando-se perante o italiano Viviano, que foi a primeira escolha de Peseiro para titular na baliza esta temporada. Impôs-se por duas vezes a cabeceamentos de Rúben Dias (6’ e 20’), na sequência de um livre e de um canto, e a um remate de Cervi (21’) na zona do penálti, após um lançamento lateral.
Da marca da grande penalidade não falharia Nani, aos 64’. Um golo a castigar um entrada impetuosa de Rúben Dias sobre Montero três minutos antes. Para trás ficavam mais dois lances de perigo do Benfica, ambos de Cervi, que rematou a rasar o poste (50’) e voltou a não evitar que Salin brilhasse dois minutos depois.
Os “encarnados” tinham vindo mais fortes para o segundo tempo, intensificaram a pressão, rodearam a baliza sportinguista, mas viram-se em desvantagem. Nem por isso desistiram, continuaram a fabricar oportunidades e a embater no guarda-redes. Os “leões” foram baixando as suas linhas, com Peseiro a substituir a criatividade de Bruno Fernandes por mais músculo no meio-campo através de Petrovic, aos 79’.
Mais bem-afortunado foi Rui Vitória, que arriscou chamar a pérola da formação, João Félix, para o lugar de Pizzi oito minutos antes (71’). O jovem de 18 anos quis mostrar serviço e até abusou um pouco de iniciativas individuais precipitadas, mas estava no lugar certo aos 86’, quando desviou de cabeça ao segundo poste um cruzamento teleguiado de Rafa.
Seguiu-se o ataque final à baliza “leonina” e voltou a sobressair Salin, que evitou um golo de livre de Grimaldo (com a bola a embater ainda num adversário), já ao sexto minuto dos descontos.
O empate final foi mais castigador para o Benfica, mas o Sporting fez por o merecer, nomeadamente pelo trabalho a nível defensivo, apesar da ausência de última hora do defesa central Mathieu, por lesão. Já o Benfica terá de agarrar-se mais à exibição do que ao resultado, antes do embate decisivo em Salónica.