PCP chama Centeno ao Parlamento para explicar prémios na Caixa
O PCP considera, em dia de greve, que atribuição de prémios “é uma estratégia muito utilizada no sector privado e visa dividir os trabalhadores”.
A administração liderada por Paulo Macedo decidiu atribuir prémios de desempenho aos trabalhadores já em Setembro, mês em que se vão iniciar as negociações sobre o próximo Acordo de Empresa do banco público, depois da denúncia do actual, que culminou numa greve esta sexta-feira. Para os comunistas, esta é uma estratégia que pretende dividir os trabalhadores. E quer que o ministro das Finanças dê explicações no Parlamento.
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A administração liderada por Paulo Macedo decidiu atribuir prémios de desempenho aos trabalhadores já em Setembro, mês em que se vão iniciar as negociações sobre o próximo Acordo de Empresa do banco público, depois da denúncia do actual, que culminou numa greve esta sexta-feira. Para os comunistas, esta é uma estratégia que pretende dividir os trabalhadores. E quer que o ministro das Finanças dê explicações no Parlamento.
“Sobre os prémios importa referir que esta é uma estratégia muito utilizada no sector privado e visa, por um lado dividir os trabalhadores, e por outro substituir aumentos salariais justos por prémios a que uma grande parte desses trabalhadores não tem acesso. Por exemplo, quem faltar mais de 3 dias num ano não tem direito ao prémio”, disse fonte oficial do partido ao PÚBLICO.
O prémio em causa varia entre um mínimo de 500 euros e um máximo de 3000 euros e, foi justificado pela “partilha” de lucros obtidos já em 2017 e também no arranque de 2018. Adicionalmente, as progressões por mérito relativas a 2018 serão pagas a todos os trabalhadores que tenham sido avaliados positivamente, também em Setembro.
Neste contexto, durante o protesto desta sexta-feira, em plena greve dos trabalhadores da Caixa, Paula Santos do PCP anunciou a chamada do ministro das Finanças à Comissão de Finanças da Assembleia da República.