Tudo começou com um Big Bang e tudo vai acabar em 2019 n’A Teoria do Big Bang

Popularíssima série da CBS vai mesmo chegar ao fim na 12.ª temporada, que se estreia no Outono e terminará em 2019.

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Reuters/DANNY MOLOSHOK

A Teoria do Big Bang, uma galinha dos ovos de ouro da norte-americana CBS que já lhe deu um ovo chamado Jovem Sheldon, vai terminar à 12.ª temporada. A comédia vai assim ter um total de 279 episódios e promete acabar com “um desfecho criativo épico”. Foi “a comédia definidora da sua geração”, diz a responsável do entretenimento da CBS, Kelly Kahl, que perderá assim uma líder de audiências e um fenómeno cada vez mais raro na actual paisagem televisiva: séries que agregam dezenas de milhões de pessoas, territórios de comunhão na ficção audiovisual que se estendem por vários países na era da pulverização.

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A Teoria do Big Bang, uma galinha dos ovos de ouro da norte-americana CBS que já lhe deu um ovo chamado Jovem Sheldon, vai terminar à 12.ª temporada. A comédia vai assim ter um total de 279 episódios e promete acabar com “um desfecho criativo épico”. Foi “a comédia definidora da sua geração”, diz a responsável do entretenimento da CBS, Kelly Kahl, que perderá assim uma líder de audiências e um fenómeno cada vez mais raro na actual paisagem televisiva: séries que agregam dezenas de milhões de pessoas, territórios de comunhão na ficção audiovisual que se estendem por vários países na era da pulverização.

Será o adeus às personagens interpretadas pelo elenco original Jim Parsons, Johnny Galecki, Kaley Cuoco, Kunal Nayyar e Simon Helberg e às duas outras estrelas que nas últimas temporadas se tornaram também parte do conjunto central de actores, Melissa Rauch e Mayim Bialik. “Estamos para sempre gratos aos nossos fãs pelo seu apoio de A Teoria do Big Bang nas últimas doze temporadas. Nós, juntamente com o elenco, argumentistas e equipa, apreciamos imenso o sucesso da série e temos como objectivo fazer uma temporada final, e um episódio final, que dará “um desfecho criativo épico à Teoria do Big Bang”, dizem os três responsáveis institucionais pela série, a Warner Bros. Television, a CBS e as Chuck Lorre Productions, em comunicado enviado quarta-feira à imprensa.

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A série, que em Portugal representa também uma importante fonte de audiências para os canais AXN – passa diariamente no canal AXN White —, terminará depois de uma longa e invulgar vida na televisão actual, mas também por questões formais e negociais. Segundo fontes próximas do caso citadas pela revista Variety, não só as mais recentes negociações dos milionários contratos do elenco original (que de acordo com a Hollywood Reporter rondarão os 900 mil dólares por cabeça) foram difíceis, quanto a sua principal estrela, Jim Parsons, tinha dado já sinais de querer abandonar a série. A sua personagem, o cientista Sheldon Cooper, é a mais icónica da série e deu mesmo origem ao spin off Jovem Sheldon.

Jim Parsons já recebeu quatro Emmys de melhor actor de comédia pelo seu Sheldon Cooper e a série tem 10 Emmys na prateleira colectiva, tendo acumulado ao longo de mais de uma década 52 nomeações. Continua a ser uma das comédias mais populares do mundo, tendo apenas sido destronada nos EUA pelo regresso de Roseanne na temporada 2017-18. Às suas audiências regulares devem acrescentar-se os espectadores da pirataria, que a tornam também numa das séries mais descarregadas ilicitamente online.

Os números mostram que nos EUA cerca de 14 milhões de espectadores em média vêem cada episódio de A Teoria do Big Bang. São fortes números para a actualidade, mesmo para os canais de sinal aberto, mas ao mesmo tempo provas da erosão das audiências generalistas. As comédias mais recentes com o poder agregador da série da CBS são ao mesmo tempo bastante recuadas no tempo – é preciso ir a 2002 ou a 1998 para lembrar os episódios finais de Friends ou Seinfeld e ver que os seus derradeiros episódios, condizentes com o resto da audiência das suas temporadas, tiveram 66 milhões ou 76 milhões de espectadores. M.A.S.H. (1972-83) continua a deter o recorde de final mais visto de sempre nos EUA, com 105,9 milhões de pessoas frente ao televisor para ver a sua despedida.