No Lisboa na Rua há ilusionismo, jazz e cinema ao ar livre

A edição deste ano é direccionada para cidade e moradores e traz aos jardins e praças de Lisboa música, cinema, teatro e dança em dose grátis.

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O Lisboa na Rua regressa no dia 23 de agosto e tem como palco jardins e praças da cidade. Paulo Pimenta

O fado na voz de Paulo Bragança, na praça do Município, e um concerto pela Orquestra Metropolitana de Lisboa com Mário Laginha, na Altice Arena, assinalam o início e fim do Lisboa na Rua 2018, que começa esta quinta-feira.

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O fado na voz de Paulo Bragança, na praça do Município, e um concerto pela Orquestra Metropolitana de Lisboa com Mário Laginha, na Altice Arena, assinalam o início e fim do Lisboa na Rua 2018, que começa esta quinta-feira.

Nascido há "sete, oito ou talvez nove" anos com o objectivo de atrair turistas para Lisboa, o festival "tem de há dois ou três anos" uma "lógica de programação diferente", direccionada para a descoberta da cidade, os seus sítios menos óbvios e centrada nos moradores, disse à agência Lusa a presidente do conselho de administração da Empresa de Gestão e Animação Cultural de Lisboa (EGEAC), Joana Gomes Cardoso.

A iniciativa, cujo orçamento desde o início era da responsabilidade do Turismo de Portugal passou "há dois, três anos" a ser assumida pela EGEAC que, no entanto, manteve a lógica "inclusiva e aberta, obviamente também para turistas", referiu Joana Gomes Cardoso.

"Hoje em dia, é uma programação completamente virada para a cidade, para os moradores da cidade, razão por que as zonas escolhidas para as iniciativas não têm nada a ver com os fluxos turísticos", referiu, acrescentando que entre os objectivos da organização contam-se a descoberta da cidade e dos seus sítios menos óbvios através das propostas culturais que a empresa municipal proporciona de forma gratuita.

Além dos espectáculos de fado a realizar às quintas-feiras, às 21h30 - este ano, pela primeira vez na Praça do Município, por o Largo de Carlos ser insuficiente para acolher o público, a edição deste ano do Lisboa na Rua inclui uma programação centrada em torno da zona de Alvalade e de temáticas relacionadas com o bairro, como a geração do rock e a dos verdes anos, referiu. Teresinha Landeiro, que lançou este ano o seu primeiro CD, Sara Correia e Kátia Guerreiro são as fadistas que constam da programação para esta edição do festival.

Entre quinta-feira e 30 de Setembro, o último dia do festival, que encerra com um concerto pela Orquestra Metropolitana de Lisboa e Mário Laginha, o público pode assistir a uma programação vasta.

"Venham mais 20" é o título do concerto, a realizar na Altice Arena e que é a única iniciativa paga do certame, por a receita reverter a favor de três organismos com obra social perto da Expo, referiu a responsável da EGEAC. A receita do espectáculo reverterá a favor do Secretariado Diocesano de Lisboa da Obra Nacional da Pastoral dos Ciganos, da Nu Txiga - Associação Intercultural de Solidariedade Social e da Associação Bombeiros de Cabo Ruivo, acrescentou.

Além dos habituais 250 mil euros de orçamento do Lisboa na Rua, a EGEAC reforçou este ano o montante com mais 150 mil euros, perfazendo um total de total de 400 mil, para uma iniciativa que, segundo Joana Gomes Cardoso, mantém uma estrutura base.

Já a meio de Setembro o Lisboa na Rua renova o convite para propostas que já conquistaram públicos fiéis, como as sessões de cinema ao ar livre do CineCidade, a arte sonora do Lisboa Soa, que nesta edição tem a água como elemento comum, e as noites Sou do Fado, que este ano muda para a Praça do Município. "Voltamos ainda a convidar o público a Dançar a Cidade e a descobrir Lisboa através do olhar arquitectónico da Open House Lisboa", acrescenta a organização em comunicado.

No Palácio Pimenta do Museu de Lisboa, a encenadora e realizadora brasileira Christiane Jatahy, a Artista na Cidade de 2018, junta-se ao Lisboa na Rua, apresentando Moving People, um projecto sobre refugiados e migrantes contado na primeira pessoa.

Os sábados serão preenchidos com jazz, em quatro jardins diferentes de Lisboa, já que se mantém a parceria com o Hot Club Portugal e a edição deste ano comemora também os 70 anos desta instituição, referiu.

O Lisboa na Rua 2018 volta ainda ao Jardim do Silêncio, nos Olivais, com um concerto subordinado a músicas de filmes, de acordo com uma votação feita aos munícipes ao longo do ano para que escolhessem o tema deste concerto, referiu.

O programa completo do Lisboa na rua pode ser consultado no site da Cultura na Rua.