Erros infantis facilitam a vida a um Benfica mais adulto
“Encarnados” venceram sem grandes dificuldades no Estádio do Bessa e confirmaram uma entrada positiva no campeonato. Ferreyra estreou-se a marcar.
Reduzir a margem de risco é habitualmente um dos factores-chave para complicar a vida a um adversário de maior poderio, evitando a todo o custo erros não forçados. Nesse capítulo, o Boavista falhou de forma flagrante neste sábado e escancarou as portas do triunfo (0-2) a um Benfica que raramente foi incomodado e que passou com distinção no Estádio do Bessa, onde tinha soçobrado na época passada. Contas feitas, à 2.ª jornada da Liga os “encarnados” somam seis pontos e poderão encarar com confiança o clássico com o Sporting, no próximo fim-de-semana.
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Reduzir a margem de risco é habitualmente um dos factores-chave para complicar a vida a um adversário de maior poderio, evitando a todo o custo erros não forçados. Nesse capítulo, o Boavista falhou de forma flagrante neste sábado e escancarou as portas do triunfo (0-2) a um Benfica que raramente foi incomodado e que passou com distinção no Estádio do Bessa, onde tinha soçobrado na época passada. Contas feitas, à 2.ª jornada da Liga os “encarnados” somam seis pontos e poderão encarar com confiança o clássico com o Sporting, no próximo fim-de-semana.
Houve apenas um momento de verdadeiro apuro para a baliza do Benfica e aconteceu logo aos 4’, quando Falcone falhou ao segundo poste uma emenda aparentemente fácil, após cruzamento da direita. André Almeida não atacou a bola e Vlachodimos ficou fora do lance, mas o avançado argentino foi pouco competente na finalização.
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Foi uma das raras falhas dos “encarnados” no jogo. Em 4x3x3, e com o “onze” expectável, o Benfica teve o condão de impedir que a bola entrasse em David Simão e Fábio Espinho e, assim, conseguiu controlar as tímidas iniciativas ofensivas do rival. Em posse, a equipa começou por viver da habitual dinâmica Cervi/Grimaldo na esquerda e das arrancadas individuais de Salvio do lado contrário, muitas vezes facilitadas pela forma astuta como Ferreyra arrasta os centrais e permite movimentos de penetração dos extremos.
Obrigado a recuar um pouco as linhas, o Boavista, organizado em 4x2x3x1, cerrou fileiras, mas bastou uma distracção para comprometer. Na sequência de um lançamento lateral, os centrais foram demasiado cerimoniosos e permitiram não só que Ferreyra recuperasse a bola na área, mas também finalizasse com classe, inaugurando o marcador (35’).
Os “axadrezados” ficavam em maus lençóis. Incapazes de introduzirem um primeiro passe de qualidade, que chegasse às costas da primeira linha de pressão do adversário, eram forçados a bater a bola na frente ou perdiam rapidamente a posse.
Consciente das limitações do Boavista em organização ofensiva, mas também do maior risco que teria de correr para evitar a derrota, o Benfica regressou do intervalo com mais dinâmica e com Gedson a conferir (ainda) mais largura ao jogo. No actual modelo de jogo de Rui Vitória, a mobilidade e os movimentos de dentro para fora do jovem português oferecem a Pizzi (devidamente escoltado por Fejsa) mais tempo para decidir e promovem mais situações de superioridade nos corredores.
No arranque do segundo tempo, Salvio esteve perto de reforçar o ascendente “encarnado”, mas Helton travou a emenda a uma assistência de Cervi — tal como já tinha parado, cara a cara, um remate do argentino, aos 40’. Mas aos 62’ o extremo assumiu outro papel, que não o de finalizador. Como? Graças a um brinde de Raphael Silva, que tentou picar a bola por cima do argentino mesmo sendo o último homem e abriu caminho a uma assistência para o quarto golo de Pizzi no campeonato (0-2).
Jorge Simão tentou mudar a história do jogo, depois de já ter injectado mais intensidade no meio-campo com Rafael Costa no lugar de Fábio Espinho. Mais tarde, arriscou tudo ao lançar André Claro e Rafael Lopes para um 4x4x2 que nunca foi capaz de servir devidamente as duas unidades mais adiantadas.
Com o adversário manietado, foi na verdade o Benfica que esteve mais perto do 0-3, primeiro quando Pizzi ficou isolado diante de Helton e viu o guarda-redes defender para canto, depois quando Jardel falhou um golpe de cabeça, na pequena área, já sem oposição.
Independentemente dos números finais, o triunfo estava assegurado e as bases para encarar com optimismo o derby dos derbies, da 3.ª jornada da Liga, também. Pelo meio, porém, o Benfica tem outra frente para gerir, a dos milhões. É já na terça-feira, dia em que recebe o PAOK na primeira mão do play-off da Champions, com a fase de grupos no horizonte.