Os novos ténis de luxo que nasceram em Guimarães
Três amigos lançaram, há um mês, os ténis clássicos da marca ONISM. A grande aposta é a internacionalização.
Aos 23 anos, Cristiano Vieira, Octávio Silva e Luís Leitão já lançaram a marca de calçado ONISM, com ténis clássicos de luxo a preços mais acessíveis. Só têm um mês de venda no mercado, mas já sonham alto para o futuro da empresa que querem internacionalizar em grande escala.
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Aos 23 anos, Cristiano Vieira, Octávio Silva e Luís Leitão já lançaram a marca de calçado ONISM, com ténis clássicos de luxo a preços mais acessíveis. Só têm um mês de venda no mercado, mas já sonham alto para o futuro da empresa que querem internacionalizar em grande escala.
A ideia das sapatilhas começou a ganhar forma até por necessidade pessoal. “Sempre que queríamos comprar ténis de qualidade, tínhamos de pagar preços elevados”, diz Luís Leitão que adora calçá-los. O amigo Octávio Silva, que vem de uma família de empresários da área do calçado, em Guimarães, tinha conhecimento suficiente para perceber que podiam dar a volta à questão. Conversa puxa conversa, avançaram com a ideia de vender um par de ténis clássico, casual, de luxo a preços mais acessíveis – apostaram no conceito Smart Luxury. “Não queremos ser apenas mais uma marca de calçado”, sublinha Luís Leitão. Estabeleceram o preço de 130 euros o par. “É um valor bastante acessível, tendo em conta que é um ténis clássico, feito de peles italianas e com alguns pormenores como solas margom, cordões 100% algodão e palmilha almofadada”, justifica Cristiano Vieira.
Desde a primeira hora, os três amigos acreditaram que tinham tudo para o negócio dar certo. Aproveitaram a fábrica dos pais de Octávio Silva, em Guimarães, para produzir o calçado. E a experiência de Octávio que, desde pequeno, percorre as fileiras da produção, entre matérias-primas e maquinaria. “Cresci a ver fabricar calçado e aprendi desde pequeno a fazer algumas tarefas”, lembra. Antes de avançar com o negócio com os amigos, o jovem estava a trabalhar na área comercial da empresa do pai. Parecia que tudo jogava a favor para os três amigos se lançarem no seu próprio negócio do calçado com alicerces seguros. Os outros dois sócios não têm experiência do mercado do calçado, mas, tal como ele, são licenciados em Marketing há apenas um ano e têm ideias a fervilhar na cabeça. Já as tinham no tempo da universidade, onde se conheceram em 2014.
Investiram 20 mil euros na empresa desde todo processo inerente à criação da marca, escritório e matérias-primas para a produção dos primeiros 500 pares do modelo The Classics. Está disponível em seis cores para mulher e igual número de tons para homem.
Até ao final deste ano, os três amigos pretendem lançar novos modelos e também outro tipo de calçado. “Começámos pelas sapatilhas por ser um produto mais consumido pelo público que queríamos alcançar”, elucida Luís Leitão. Ou seja, continua, “um consumidor moderno que gosta de viajar”.
Por enquanto, a marca só vende online. No futuro, o produto também estará disponível em lojas físicas. Mas a maior aposta é o mercado internacional, principalmente países como França, Reino Unido, Alemanha, Suécia, Noruega e Dinamarca, onde os empresários querem entrar. “Queremos crescer de forma rápida e sustentada”, diz Luís Leitão que, em pequeno, já sonhava ter um negócio e “ser um grande empreendedor”. Já Octávio Silva seguiu as pegadas dos pais na área do calçado, embora tenha sido dançarino profissional durante uma década. “Fui federado na Federação Portuguesa de Dança, mas depois o tempo começou a ser pouco para os treinos, campeonatos e tudo o resto”, conta. O amigo Cristiano Vieira queria ser engenheiro, mas seguiu marketing. Agora rumam os três no mesmo sentido: posicionar estrategicamente a marca de calçado no mercado. E com qualidade, luxo, inovação e oferta diversificada. “É assim que queremos ser conhecidos no mercado”, conclui Luís Leitão.