Área ardida em Monchique foi cinco vezes superior à dos sete primeiros meses do ano

O fogo de Monchique deflagrou no dia 3 deste mês e foi dado como dominado uma semana depois, no dia 10.

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Imagem de uma parte da área florestal ardida na Serra de Monchique Rui Gaudêncio

A área ardida no fogo que lavrou em Monchique de 3 a 10 deste mês foi quase cinco vezes superior à dos sete primeiros meses do ano, segundo dados do último relatório provisório de incêndios rurais do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

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A área ardida no fogo que lavrou em Monchique de 3 a 10 deste mês foi quase cinco vezes superior à dos sete primeiros meses do ano, segundo dados do último relatório provisório de incêndios rurais do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

Entre 1 de Janeiro e 31 de Julho registaram-se 5564 hectares de área ardida, nos 6505 incêndios ocorridos, enquanto o fogo de Monchique, Algarve, destruiu uma área de 27.635 hectares, de acordo com os dados do relatório provisório e do Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais, respectivamente.

"O ano de 2018 apresenta, até 31 de Julho, o terceiro valor mais reduzido em número de ocorrências e o valor mais reduzido de área ardida, desde 2008", refere o relatório do ICNF.

Até ao final de Julho, 86% do total de incêndios rurais destruíram uma área inferior a um hectare e houve apenas um fogo que se insere na categoria de "grandes incêndios" (entre 100 e 1000 hectares). Este incêndio ocorreu no dia 21 de Julho, na freguesia de Pinhal Novo, distrito de Setúbal, e resultou em 153 hectares ardidos.

Ainda de acordo com o relatório, dos 6505 incêndios rurais ocorridos nos primeiros sete meses do ano, 4252 foram investigados e têm o processo de averiguação de causas concluído. A investigação permitiu a atribuição de uma causa para 3125 incêndios, sendo que as causas mais frequentes são a do uso do fogo -- queimadas (70%) e incendiarismos imputáveis (13%).

O incêndio rural de Monchique, que fez arder mais do que todos os dos sete primeiros meses do ano, deflagrou no dia 3 à tarde e foi dado como dominado uma semana depois, no dia 10. Atingiu o concelho vizinho de Silves, depois de ter afectado, com menor impacto, os municípios de Portimão (no mesmo distrito) e de Odemira (distrito de Beja). Quarenta e uma pessoas ficaram feridas, uma das quais com gravidade.