Venezuela passa a ter duas unidades monetárias em 20 de Agosto
Nicolás Maduro vai adoptar o petro, uma criptomoeda venezuelana
A Venezuela vai passar a ter duas unidades monetárias contabilísticas, o bolívar soberano e o petro, uma criptomoeda venezuelana, a partir da próxima segunda-feira, anunciou o Presidente Nicolás Maduro.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A Venezuela vai passar a ter duas unidades monetárias contabilísticas, o bolívar soberano e o petro, uma criptomoeda venezuelana, a partir da próxima segunda-feira, anunciou o Presidente Nicolás Maduro.
Naquela data, a Venezuela vai eliminar oficialmente cinco zeros da actual moeda, o bolívar forte, dando origem ao bolívar soberano, anunciou Maduro, no final de uma reunião com o gabinete económico, no palácio presidencial de Miraflores, na segunda-feira.
"Todas as operações [da PVSA] vão ser registadas com a unidade contabilística petro. Uma mudança fundamental no modelo monetário, para uma nova economia do país", afirmou.
A partir da próxima segunda-feira, o Banco Central da Venezuela começará a publicar os valores oficiais de funcionamento, com a ancoragem do bolívar soberano no petro, dia a dia", disse.
O petro vai ser a unidade contabilística de referência obrigatória para a empresa petrolífera estatal Petróleos da Venezuela SA (PDVSA).
Maduro decretou feriado a 20 de Agosto, devido à entrada em vigor das novas moedas.
O Presidente anunciou que vai dar a conhecer, em breve, um "novo sistema salarial e um novo sistema de bens e serviços, [cujos preços vão estar] ancorados ao petro", o que "vai significar uma melhoria substancial para os [rendimentos dos] trabalhadores".
Nicolás Maduro declarou que será criado um sistema de subsídio directo, interno, à gasolina e aos hidrocarbonetos, produtos que passarão a ter preços iguais ao mercado internacional, como uma medida para acabar com o contrabando de combustível para países vizinhos.
"Peço a todo o país, a todos os venezuelanos, empenho para que todos os passos futuros sejam um êxito", afirmou.