Enfermeiros iniciam cinco dias de greve
Paralisação começou às 00h00 deste segunda-feira e prolonga-se até ao final da semana. Em causa está o não avanço das negociações com o Ministério da Saúde.
Os enfermeiros iniciaram às 00h00 desta segunda-feira uma greve de cinco dias. A paralisação foi marcada pelo Sindicato Independente Profissionais de Enfermagem (SIPE) e o Sindicato dos Enfermeiros (SE) por causa do não avanço das negociações do acordo colectivo de trabalho. A greve termina às 23h59 da próxima sexta-feira.
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Os enfermeiros iniciaram às 00h00 desta segunda-feira uma greve de cinco dias. A paralisação foi marcada pelo Sindicato Independente Profissionais de Enfermagem (SIPE) e o Sindicato dos Enfermeiros (SE) por causa do não avanço das negociações do acordo colectivo de trabalho. A greve termina às 23h59 da próxima sexta-feira.
O presidente do SE lembra que em Agosto do ano passado a Federação Nacional dos Sindicatos dos Enfermeiros (FENSE) – estrutura que junta os sindicatos – assinou um memorando com o Ministério da Saúde para discussão da proposta que fizeram de acordo colectivo de trabalho e que estabelece uma carreira de enfermagem com três categorias: enfermeiro, enfermeiro especialista e chefia.
“Estamos há um ano à espera para ver a nossa proposta implementada. O processo negocial devia estar terminado a 3 de Setembro e estamos no ponto zero. O projecto está mais que escalpelizado, falta a decisão política”, afirma José Azevedo.
O sindicalista diz esperar uma forte adesão à greve, a rondar os 70%, tendo em conta os contactos que tem recebido. Dá o exemplo do hospital São João, no Porto: “Fomos informados que as 12 salas do bloco operatório central poderão estar fechadas e prevê-se o adiamento de 400 cirurgias”. Os serviços mínimos, acrescenta, “estão garantidos”. Urgências, pediatrias, psiquiatrias, serviços com internamento são alguns deles.
A próxima reunião com os ministérios da Saúde e das Finanças está marcada para o dia 22. José Azevedo admite que “se não existirem avanços significativos no sentido da aceitação [da proposta], vamos programar novas acções de luta”. A FENSE tem em vigor desde 1 de Julho uma greve às horas extraordinárias.
Também os trabalhadores da empresa Such - Serviço de Utilização Comum dos Hospitais, das Lavandarias, Resíduos, Manutenção e Alimentação cumprem esta segunda-feira um dia de greve. Pedem aumentos salariais, redução dos horários de trabalho para as 35 horas semanais e a negociação do Acordo de Empresa.