Ministro diz que bombeiros são "grande força da estrutura da protecção civil"

Eduardo Cabrita reuniu-se com o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Jaime Marta Soares.

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Jaime Marta Soares esteve reunido com ministro Eduardo Cabrita LUSA/RODRIGO ANTUNES

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, reconheceu esta segunda-feira, numa reunião com o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), a importância e o valor dos bombeiros, considerando-os "a grande força da estrutura da protecção civil".

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O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, reconheceu esta segunda-feira, numa reunião com o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), a importância e o valor dos bombeiros, considerando-os "a grande força da estrutura da protecção civil".

Em declarações no final da reunião, o presidente da LBP Jaime Marta Soares disse que Eduardo Cabrita "reconheceu, mais uma vez, o valor dos bombeiros e a sua importância, considerando-os a grande força da estrutura da protecção civil", tendo, na reunião, mostrado "o seu respeito, admiração e agradecimento aos bombeiros".

A reunião entre o ministro e o presidente da LPB surgiu depois da polémica sobre as formaturas oficiais de recepção ao Presidente da República e primeiro-ministro em Monchique, nas quais os bombeiros não estiveram presentes. O facto de não terem participado foi considerado por Marta Soares como "uma manifestação de desrespeito aos bombeiros que se sentiram revoltados, magoados e ofendidos" com a situação, tendo pedido explicações ao ministro.

Nesta terça-feira, Eduardo Cabrita "fez questão em afirmar peremptoriamente e olhos nos olhos o respeito e admiração pelo trabalho dos bombeiros", acrescentou o dirigente que se mostrou muito satisfeito com o gesto do ministro.

O encontro serviu também para se abordarem as propostas de reformas para o sector, nomeadamente a lei organização da protecção civil, que, no entender de Marta Soares "em muitas situações podia evitar casos destes", estando previstas reuniões até 15 de Setembro, "para que até ao final do ano os bombeiros possam participar na reforma da lei".

A questão da estratégia utilizada no combate ao incêndio de Monchique não foi abordada na reunião porque o ministro ainda está a aguardar um relatório. "Neste momento uma análise ao que se passou, o que correr bem e menos bem seria precipitado", disse o dirigente.

À margem da reunião com o presidente da LBP, Eduardo Cabrita enviou cartas a todas as corporações de bombeiros onde destaca o "papel decisivo" num combate exigente e difícil no incêndio que lavrou nos concelhos de Monchique, Silves, Portimão e Odemira. "Transmito, por isso, às centenas de bombeiras e bombeiros que combateram este incêndio, o meu reconhecimento e gratidão", lê-se na missiva.

O ministro quis saudar "de modo especial os bombeiros voluntários - a principal estrutura de suporte do dispositivo especial de combater a incêndios - pela abnegação, altruísmo e entrega sem limites, na defesa de pessoas e bens".

De acordo com o Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais, as chamas consumiram cerca de 27 mil hectares. Em 2003, um grande incêndio destruiu cerca de 41 mil hectares nos concelhos de Monchique, Portimão, Aljezur e Lagos. O incêndio provocou ferimentos em 41 pessoas, uma das quais em estado grave que ainda se encontra hospitalizada.