Vitória na Sra. da Graça aproximou Alarcón da conquista da Volta
O ciclista da W52-FC Porto foi o mais forte na última subida da penúltima etapa da prova.
Nada está absolutamente garantido quando ainda falta uma etapa para terminar a Volta a Portugal, mas Raul Alarcón (W52-FC Porto) deu, neste sábado, uma pedalada de gigante para chegar à sua segunda conquista consecutiva da prova. O espanhol venceu a difícil 9.ª etapa ao chegar ao alto da Sra. da Graça à frente de David Rodrigues (RP-Boavista), que esteve em fuga sozinho durante mais de 60km e só foi ultrapassado nos metros finais.
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Nada está absolutamente garantido quando ainda falta uma etapa para terminar a Volta a Portugal, mas Raul Alarcón (W52-FC Porto) deu, neste sábado, uma pedalada de gigante para chegar à sua segunda conquista consecutiva da prova. O espanhol venceu a difícil 9.ª etapa ao chegar ao alto da Sra. da Graça à frente de David Rodrigues (RP-Boavista), que esteve em fuga sozinho durante mais de 60km e só foi ultrapassado nos metros finais.
Alarcón fez no total um tempo de 4h22m28s no percurso entre Felgueiras e o topo do Monte Farinha, e foi a vitória na subida final que garantiu também ao espanhol a vitória na classificação de montanha. Feitas as contas, o ciclista da W52-FC Porto aumentou um pouco mais a sua vantagem para Joni Brandão, segundo na classificação geral, que passou de 52s para 1m01s.
Muito da história desta etapa passa por David Rodrigues. O português já estava sozinho quando chegou ao cume do Alto da Barra, a primeira de três contagens de categoria especial do dia situada a aproximadamente 65 quilómetros da meta. A liderança estava confortável, com uma vantagem de 2m40s para o pelotão.
Na aproximação à próxima montanha, David tinha a 40 segundos de si um grupo de seis perseguidores, que não passaram disso mesmo. O corredor da RP-Boavista chegou sozinho ao Barreiro, que foi incluído pela primeira vez na Volta a Portugal. Esta subida muito íngreme é caracterizada por um piso muito irregular, mas David percorreu os 9,9 quilómetros sozinho.
Com o objectivo de empurrrar Joni Brandão para a vitória, a Sporting-Tavira ia disputando a frente do pelotão com a W52-FC Porto, que a recuperou a 42 quilómetros do fim. Mas esta batalha não se ficou por aqui. As duas equipas ainda protagonizaram mais uma troca, sendo que os portistas cimentaram o lugar, decididos a proteger Alarcón até à Sra. da Graça.
David Rodrigues foi serpenteando isoladamente os últimos 20 quilómetros, com Nathan Earle (Isarel Cycling) e Jesús Del Pino (EFAPEL) atrás de si, a uma distância estabilizada em 1m20s.
O "monstro" da etapa aproximava-se cada vez mais, e o pelotão já só tinha uma desvantagem de 2m30s em relação a David, que estava a 7 quilómetros do cume. Três quilómetros depois, Alarcón, protegido por três colegas de equipa, incluiu-se num grupo de 14 ciclistas que se preparou para atacar a meta.
E a vantagem que David Rodrigues teve durante grande parte da corrida esfumou-se a menos de 200 metros da meta. O português viu Alarcón passar por si e arrecadar a terceira vitória em etapas na 80.ª edição da Volta.
A 10.ª e última etapa da prova disputa-se neste domingo - um contra-relógio individual de 17,3 quilómetros. Só um desastre é que fará com que Alarcón não seja consagrado vencedor da Volta a Portugal, mas, no final da tirada de ontem, o espanhol não deu tudo por vencido e até apontou a um novo objectivo: "Seria muito bom vencermos por equipas". A W52-FC Porto encontra-se a dois segundos do Sporting-Tavira.