Cerca de 50 casas destruídas total ou parcialmente em Monchique
Ainda não foi possível determinar se se trata de casas de primeira ou de segunda habitação, estando uma equipa multidisciplinar a passar pelas zonas afectadas pelo fogo.
O número de casas destruídas total ou parcialmente durante o incêndio que deflagrou na sexta-feira em Monchique, no Algarve, pode chegar a cerca de 50, disse hoje à Lusa o presidente da Câmara, Rui André.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O número de casas destruídas total ou parcialmente durante o incêndio que deflagrou na sexta-feira em Monchique, no Algarve, pode chegar a cerca de 50, disse hoje à Lusa o presidente da Câmara, Rui André.
"Neste momento, e sem ter um levantamento exaustivo, teremos cerca de 50 habitações destruídas, totalmente ou parcialmente. Estamos neste momento a avaliar para percebermos as reais condições dessas casas, para podermos começar a fazer contas e vermos os prejuízos deste incêndio", disse o autarca.
De acordo com o presidente da Câmara Municipal de Monchique, no distrito de Faro, ainda não foi possível determinar se se trata de casas de primeira ou de segunda habitação, estando uma equipa multidisciplinar a passar pelas zonas afectadas pelo fogo.
"Penso que de primeira habitação, totalmente destruídas, serão menos de metade [de 50]", afirmou Rui André, sublinhando que existem também "anexos ou casas de apoio" afectados.
Relativamente a pessoas deslocadas, o autarca referiu que, no total, cerca de 300 tiveram de ser retiradas das suas casas, mas que, à tarde de quinta-feira, serão cerca de 100 as que ainda se mantêm em sete zonas de acolhimento.
"Estamos a tentar que as pessoas regressem rapidamente às suas casas, mas só o farão quando existirem reais condições para que isso aconteça", sublinhou.
Nos casos em que as casas ficaram totalmente destruídas, estão a ser encontradas "habitações mais permanentes", para que as pessoas não fiquem muito mais tempo nas zonas de abrigo.
"Ainda esta manhã acompanhei uma família que foi para uma casa da paróquia. Terá que esperar que a sua casa seja recuperada, o que vai levar algum tempo", explicou.
O incêndio rural, que está a ser combatido por mais de mil operacionais e durante a tarde se tornou já num cenário "mais tranquilo", deflagrou na sexta-feira à tarde em Monchique, no distrito de Faro, e lavra também no concelho vizinho de Silves, depois de ter afectado, com menor impacto, os municípios de Portimão (no mesmo distrito) e de Odemira (distrito de Beja).
Segundo um balanço feito hoje de manhã, há 36 feridos, um dos quais em estado grave (uma idosa internada em Lisboa). Outras nove pessoas acamadas estão dispersas por unidades de saúde.
De acordo com o Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais, as chamas já consumiram 23.478 hectares. Em 2003, um grande incêndio destruiu cerca de 41 mil hectares nos concelhos de Monchique, Portimão, Aljezur e Lagos.