Este é o último dia para os clubes da Premier League perderem a cabeça
Período de transferências de Verão em Inglaterra chega ao fim às 17h desta quinta-feira, antes do primeiro jogo da Liga inglesa. Clubes já gastaram mais de 1100 milhões, apenas o Tottenham contraria a tendência
Um dia antes do pontapé de saída da Premier League 2018-19, termina o suspense. O final do período de transferências de Verão no futebol inglês chega mais cedo esta época, e, talvez pelo facto de o prazo ser mais apertado, até ao momento os clubes gastaram menos. Mas ainda há muitas horas para compras por impulso, e nem por isso deixou de haver recordes a serem batidos e transferências surpreendentes.
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Um dia antes do pontapé de saída da Premier League 2018-19, termina o suspense. O final do período de transferências de Verão no futebol inglês chega mais cedo esta época, e, talvez pelo facto de o prazo ser mais apertado, até ao momento os clubes gastaram menos. Mas ainda há muitas horas para compras por impulso, e nem por isso deixou de haver recordes a serem batidos e transferências surpreendentes.
O Manchester United-Leicester City está marcado para as 20h de sexta-feira (SP-TV2), mas já nesta quinta-feira os clubes já terão de ter os seus negócios concluídos. O novo calendário de transferências em Inglaterra foi votado há um ano pelos clubes dos escalões profissionais, que decidiram pelo encerramento do período de contratações antes do início da temporada, para colocar um ponto final na indefinição dos plantéis durante as primeiras jornadas. O exemplo foi seguido em Itália, onde o mercado de Verão fecha no dia 17 de Agosto, véspera da primeira jornada da Serie A. Em Espanha, França e Alemanha (e também Portugal) mantém-se a data de 31 de Agosto como prazo limite para a transferência de futebolistas.
Em termos práticos, a nova data de encerramento do mercado fez com que o montante gasto pelos clubes ingleses neste Verão esteja, para já, aquém do valor de outros anos. Segundo a BBC, já foi ultrapassada a barreira dos 1000 milhões de libras (1110 milhões de euros), uma importância significativa, mas que fica longe dos 1400 milhões de libras (1554 milhões de euros) da temporada passada.
Não é por falta de negócios exorbitantes, até porque tem havido recordes a serem estabelecidos. O internacional brasileiro Alisson Becker mudou-se da Roma para o Liverpool por mais de 60 milhões de euros, o que fez dele o guarda-redes mais caro da história, mas foi uma distinção de pouca dura: a partir do momento em que foi paga a cláusula de rescisão de Kepa Arrizabalaga (que se cifrava em 80 milhões de euros desde que renovara contrato, em Janeiro, face à cobiça do Real Madrid), é o guardião basco ex-Athletic Bilbau a ostentar o título de mais caro de sempre. O anúncio da sua contratação pelo Chelsea estará para breve e deverá provocar uma outra mudança milionária, porque Kepa chega a Stamford Bridge para ocupar o lugar deixado vago por Thibaut Courtois (que ontem ao final da tarde se tornou jogador do Real Madrid).
Este negócio deixará o Chelsea perto de ser o mais gastador deste Verão em Inglaterra, mas a liderança nesse capítulo continuará a pertencer ao Liverpool. Para além de Alisson, os “reds” investiram também em Naby Keïta, Fabinho e Shaqiri, tendo já ultrapassado os 180 milhões em gastos com transferências, segundo o portal especializado Transfermarkt.
Tottenham poupado
Em sentido contrário, o Tottenham, terceiro classificado da Premier League em 2017-18, tem-se distinguido pela contenção: ainda não gastou um cêntimo neste período de contratações. O treinador Mauricio Pochettino não perdeu nenhum jogador importante, embora tenha admitido que o clube devia “arriscar” para tornar a equipa mais competitiva. Um dos alvos dos “spurs” era Jack Grealish, médio do Aston Villa, mas a proposta de 25 milhões de libras (27,7 milhões de euros) foi rejeitada.
Os três treinadores portugueses da Premier League – José Mourinho, Marco Silva e Nuno Espírito Santo – têm estado activos no mercado, mas as novidades prometem continuar. O Manchester United contratou três futebolistas (Diogo Dalot ao FC Porto, Fred ao Shakhtar e Lee Grant ao Stoke City), mas Mourinho tem avisado que se avizinha uma “época difícil” se o clube não investir em mais reforços. Os defesas Jerome Boateng e Harry Maguire são nomes em cima da mesa, assim como o atacante Ante Rebic.
Em Goodison Park, Marco Silva fez história com a contratação de Richarlison ao Watford, num negócio que poderá chegar aos 50 milhões de libras (55,5 milhões de euros) e faz do brasileiro o mais caro da história do clube. O ex-Barcelona Lucas Digne também é reforço, e Bernard deverá assinar nas próximas horas. Quanto ao Wolverhampton, continua a investir no nicho dos jogadores portugueses ou com passagem por Portugal: chegaram Rui Patrício e João Moutinho, a título definitivo, e o mexicano Raúl Jiménez por empréstimo do Benfica. E Diogo Jota (Atlético de Madrid), Léo Bonatini (Al Hilal), Willy Boly (FC Porto) e Rúben Vinagre (Mónaco), que estavam cedidos, assinaram com o clube.
Notícia corrigida às 16h40 de quinta-feira, 09 de Agosto. O prazo para transferências em Inglaterra termina na quinta-feira e não na sexta-feira, como inicialmente se escrevia.