Acções da Tesla disparam após Musk admitir vir a retirar empresa da bolsa
Presidente executivo comunicou no Twitter que pode retirar fabricante automóvel da negociação em Wall Street. Títulos reagiram a subir 7%, foram suspensos de negociação e retomaram com nova valorização
Com vários tweets publicados esta tarde, Elon Musk levou a Tesla, da qual detém 20%, a uma valorização de 7% (para 367,25 dólares) face ao fecho de Wall Street de ontem. O líder da companhia publicitou, durante a sessão em bolsa norte-americana, na tarde desta terça-feira, que está a equacionar retirar a empresa de bolsa - onde está dispersa desde 2010 -, avaliando em 420 dólares (363,4 euros ao câmbio actual) cada título da empresa, ou mais de 72 mil milhões de dólares no total.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Com vários tweets publicados esta tarde, Elon Musk levou a Tesla, da qual detém 20%, a uma valorização de 7% (para 367,25 dólares) face ao fecho de Wall Street de ontem. O líder da companhia publicitou, durante a sessão em bolsa norte-americana, na tarde desta terça-feira, que está a equacionar retirar a empresa de bolsa - onde está dispersa desde 2010 -, avaliando em 420 dólares (363,4 euros ao câmbio actual) cada título da empresa, ou mais de 72 mil milhões de dólares no total.
O valor, que representa um prémio de 22,8% face ao fecho da negociação na segunda-feira, a concretizar-se, seria um dos maiores negócios de retirada de uma empresa de bolsa: 72 mil milhões de dólares, escreveu esta tarde a Reuters.
No entanto, foi o próprio Elon Musk, presidente executivo da companhia, que garantiu que o financiamento para reverter a dispersão em bolsa da Tesla estava “garantido”. Deixar de ser uma empresa cotada – o que implica dar contas auditadas aos seus accionistas a cada três meses – evitaria “uma série de dores de cabeça”, respondeu alguém a Musk no Twitter. Ao que o líder da Tesla, que tem tido alguma dificuldade em lidar nos últimos trimestres com as questões dos investidores e analistas, concordou.
Em comunicado interno posterior à suspensão, Elon Musk garantiu que a “decisão final ainda não está tomada”. Depois, justificou o racional da posição: “criar um contexto para a Tesla operar melhor”. Na visão do presidente executivo do grupo, como sociedade de capital aberto ao investimento público, disperso no mercado de capitais, a Tesla está “sujeita a variações violentas no preço das acções, que podem ser uma enorme distracção para toda a gente que trabalha” na companhia, e “que são todos accionistas”; a “pressão” a que está sujeita trimestralmente pode não ser benéfica para tomar decisões a médio prazo; e atrai muitos especuladores. A proposta será será sujeita “ao voto dos nossos accionistas”, afirmou.
A suspensão da SEC foi retirada ainda durante a negociação desta terça-feira, levando a companhia a fechar a ganhar 10,99%, para 379,57 dólares.