Há menos candidatos ao ensino superior. Prazo termina nesta terça-feira

Em relação a igual período no ano passado, nota-se uma diminuição de 3146 candidaturas.

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Enric Vives Rubio

Mais de 44 mil pessoas candidataram-se ao ensino superior, segundo os dados provisórios da Direcção-Geral do Ensino Superior (DGES), que, tal como o PÚBLICO já tinha noticiado a 1 de Agosto, revelam uma diminuição de candidaturas em relação ao ano passado.

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Mais de 44 mil pessoas candidataram-se ao ensino superior, segundo os dados provisórios da Direcção-Geral do Ensino Superior (DGES), que, tal como o PÚBLICO já tinha noticiado a 1 de Agosto, revelam uma diminuição de candidaturas em relação ao ano passado.

A primeira fase do concurso nacional de acesso e ingresso termina nesta terça-feira. Até domingo tinham-se candidatado 44.148 pessoas. Em relação a igual período no ano passado, nota-se uma diminuição de 3146 candidaturas. São menos 6,6%.

Em 2017, candidataram-se 52.580 pessoas no total, na primeira fase.

Os resultados desta primeira fase de candidaturas só serão divulgados a 10 de Setembro.

Na semana vários responsáveis do sector contactados pelo PÚBLICO davam como adquirido que no final do concurso haveria menos candidatos em relação ao ano passado. Razões para a quebra: o presidente da Comissão Nacional de Acesso ao Ensino Superior, João Guerreiro, por exemplo, lembrava que o número de estudantes no ensino profissional aumentou nos últimos dois anos. Ora o concurso nacional de acesso é mais exigente para estes estudantes, que têm que fazer exames a disciplinas que não têm nos seus cursos, caso queiram entrar no ensino superior. Ou seja, só cerca de metade dos alunos que chegam ao fim do ensino secundário estão nas melhores condições para se apresentarem ao concurso nacional de acesso ao superior público.

O presidente da Comissão Nacional de Acesso admitia ainda que os resultados dos exames nacionais deste ano “possam ter tido um impacto” negativo nas intenções dos alunos prosseguirem estudos. “Os exames foram atípicos”, defendeu também o presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, António Fontainhas Fernandes. Pedro Dominguinhos, presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, lembrou que a média nacional de Matemática A, uma das disciplinas mais utilizadas como prova de ingresso, desceu de 11,5 para 10,9 valores este ano.

Mais vagas em jogo

Pelo terceiro ano consecutivo, o concurso nacional de acesso volta a registar um aumento global de vagas (mais 0,2% do que em 2017). Há 50.852 lugares, sendo que 55% são em universidades e 45% em politécnicos, segundo dados do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES).

Este ano há mais 1080 vagas nas instituições localizadas fora de Lisboa e Porto e uma redução de 1066 vagas nas instituições situadas naquelas duas cidades, por decisão da tutela.

Os alunos que queiram candidatar-se ao ensino superior público têm 1068 cursos disponíveis, entre licenciaturas e mestrados integrados.

Segundo um estudo sobre mobilidade geográfica dos alunos que ingressam no ensino superior do MCTES, os jovens das três maiores cidades universitárias tendem a escolher uma escola perto de casa: 94% dos lisboetas optam por tirar um curso na zona onde residem, tal como cerca de 80% dos portuenses e conimbricenses.