Filme alemão vence Prémio Jean Loup Passek em Melgaço
Festival Filmes do Homem distinguiu também The Season of Warm Breezes, do iraniano Hosseini Rigi, e Bostofrio, où le ciel rejoint la terre, do português Paulo Carneiro.
Impreza / The Celebration, da realizadora alemã Alexandra Wesolowski, foi considerada a melhor longa-metragem a concurso ao Prémio Jean Loup Passek no festival Filmes do Homem, que este domingo se concluiu em Melgaço.
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Impreza / The Celebration, da realizadora alemã Alexandra Wesolowski, foi considerada a melhor longa-metragem a concurso ao Prémio Jean Loup Passek no festival Filmes do Homem, que este domingo se concluiu em Melgaço.
O júri escolheu também, como melhor curta ou média metragem internacional, The Season of Warm Breezes, do iraniano Hosseini Rigi; e como melhor filme português Bostofrio, où le ciel rejoint la terre, de Paulo Carneiro.
Constituído pelas realizadoras Jasna Krajinovic, eslovena, Luciana Fina, nascida em Itália, Margarita Ledo Andión, da Galiza, e pelos portugueses Ricardo Vieira Lisboa e Luís Miguel Oliveira (crítico do PÚBLICO), o júri viu em Impreza um filme que “joga inteligentemente sob o signo das aparências tanto a nível formal como no tratamento das suas personagens”, e “uma potente reflexão do espectro que assombra, neste momento, toda a Europa”, diz o comunicado emitido pelo festival.
Já em The Season of Warm Breezes, que documenta a luta de uma professora contra o analfabetismo na sua aldeia, o júri destacou “simultaneamente a intensidade da história pessoal de uma mulher no Irão e a complexidade de uma paisagem cultural e territorial”.
Finalmente, Bostofrio, où le ciel rejoint la terre foi considerado “uma primeira obra de um jovem realizador que reflecte alguns dos grandes temas do festival”, que é a identidade e a memória. Trata-se, neste caso, da busca que o próprio realizador, nascido em Lisboa em 1990, faz das suas origens tentando descobrir a história dos seus avós. Bostofrio (que é também o nome de uma aldeia pertencente à freguesia de Covas de Barroso, no concelho de Boticas) “adopta o inquérito como figura de estilo onde o mais importante não são as respostas, antes a criação de um retrato fragmentário de uma aldeia e dos seus fantasmas”, disse o júri.
Os jurados decidiram ainda atribuir uma menção especial ao filme O Termómetro de Galileu, de Teresa Villaverde. Filmado em Itália com a família do cineasta Tonino de Bernardi, este é “um filme-palimpsesto de grande liberdade formal feito de pequenas e grandes coisas possíveis no cinema e na vida”.
Os prémios da 5.ª edição do festival Filmes do Homem – que teve 14 obras a concurso – foram anunciados na tarde deste domingo na Casa da Cultura de Melgaço, antes do encerramento agendado para o recinto ao ar livre da Torre do Castelo, numa sessão nocturna com a exibição da longa-metragem Todos os Sonhos do Mundo (2017), da realizadora francesa luso-descendente Laurence Ferreira Barbosa.
Antes, o Museu de Cinema Jean Loup Passek inaugurou a sua nova exposição dedicada à actriz italiana Ana Magnani, com curadoria de Bernard Despomadères.
Notícia corrigida: Bostofrio, où le ciel rejoint la terre é uma longa-metragem.