Trabalhadores da CGD em greve a 24 de Agosto

Denúncia do Acordo de Empresa por parte da gestão do banco público, que tem neste momento 7.700 trabalhadores, é a justificação para o Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo Caixa Geral de Depósitos convocar paralisação

Foto
Margarida Basto

O Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo Caixa Geral de Depósitos (STEC), convocou hoje uma greve para o dia 24 no banco público contra a denúncia do Acordo de Empresa (AE) apresentada pela administração.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo Caixa Geral de Depósitos (STEC), convocou hoje uma greve para o dia 24 no banco público contra a denúncia do Acordo de Empresa (AE) apresentada pela administração.

A denúncia do acordo empresa "constitui uma verdadeira declaração de guerra aos trabalhadores e ao STEC", sublinha o sindicato em comunicado à imprensa.

"Depois de protelar sucessivamente as negociações de revisão da tabela salarial (em vigor desde 2010), a Caixa, manifestando má fé negocial, apresentou uma proposta arrasadora" onde pretende, segundo o STEC, eliminar a carreira profissional, as anuidades, o prémio de antiguidade e ainda liberalizar os horários, aumentar a polivalência de funções e dificultar o acesso ao crédito à habitação.

"No momento em que a Caixa anuncia 194 milhões de euros de lucros no primeiro semestre, 'premeia' os trabalhadores com esta proposta de AE", acrescenta o sindicato.

O STEC denuncia ainda as "pressões" para que os trabalhadores adiram ao plano de reformas antecipadas e ao plano de rescisões amigáveis bem como o "assédio crescente nos locais de trabalho, pela via da ameaça, da humilhação, do desrespeito pessoal e profissional".

O vice-presidente do STEC, Pedro Messias, disse à Lusa que espera uma "forte adesão" à greve, uma vez que o protesto abrange todos os trabalhadores do banco público, sejam ou não sindicalizados, não abrangendo porém as empresas do grupo.

Segundo o dirigente sindical, a Caixa tem neste momento cerca de 7.700 trabalhadores.