Há nova procura por volfrâmio na Covilhã, Fundão e Pampilhosa
O pedido da Godolphin Mining Services para prospecção numa área perto das Minas da Panasqueira será agora alvo de análise
Uma empresa dos Estados Unidos da América (EUA) quer fazer prospecção de volfrâmio numa área que abrange os concelhos da Covilhã, Fundão e Pampilhosa da Serra e já requereu autorização para o efeito à Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Uma empresa dos Estados Unidos da América (EUA) quer fazer prospecção de volfrâmio numa área que abrange os concelhos da Covilhã, Fundão e Pampilhosa da Serra e já requereu autorização para o efeito à Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).
O pedido, que será agora alvo de análise, foi apresentado pela empresa "Godolphin Mining Services", com sede nos EUA, tendo sido publicado, nesta quarta-feira, em Diário da República (DR).
O documento especifica que está em causa a "atribuição de direitos de prospecção e pesquisa de depósitos minerais de volfrâmio, estanho e outros metais associados".
Adianta igualmente que a solicitação é para uma área denominada "Cebola", localizada nos concelhos da Covilhã, Fundão (distrito de Castelo Branco) e Pampilhosa da Serra (distrito de Coimbra), num total de 88,928 quilómetros quadrados.
O mapa referente ao pedido, que se encontra na página da internet da DGEG, mostra que a zona de prospecção requerida abarca localidades como S. Jorge da Beira, Casegas e Ourondo (Covilhã), Silvares (Fundão) ou Dornelas do Zêzere (Pampilhosa), numa área que, apesar de próxima, já fica fora do couto mineiro das Minas da Panasqueira.
Contactado pela agência Lusa, Corrêa de Sá, administrador da Beralt Tin and Wolfram - concessionária das Minas da Panasqueira e pertencente à multinacional canadiana Almonty Industries - garantiu que a empresa é totalmente alheia a este pedido e que não existe qualquer relação entre as firmas.
O aviso do DR também esclarece que, dentro dos termos da lei, todos os interessados neste processo dispõem agora de 30 dias para apresentarem reclamações fundamentadas ou propostas contratuais.
"O pedido está patente para consulta, dentro das horas de expediente, na Direcção de Serviços de Minas e Pedreiras da Direcção-Geral de Energia e Geologia, sita na Avenida 5 de Outubro, número 208, 1069-203 Lisboa", aponta a informação.
Segundo o referido, o presente aviso, plano de localização e a publicitação do pedido estão também disponíveis na página electrónica da DGEG.