Novos nomes para o Milhões de Festa mostram que a tradição ainda é o que era

A electrónica de Squarepusher, o jazz de Nubya Garcia e o punk das Bala juntam-se ao cartaz de diversidades e descobertas do festival barcelense, que decorre este ano entre 6 e 9 de Setembro.

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A tradição já não é o que era, como proclamou a organização do festival e, portanto, o Milhões de Festa passará de Julho, o mês em que se realizava até agora, para Setembro. Mas a tradição, já não sendo o que era, mantém coisas boas dos velhos tempos. Assim sendo, a alteração das datas não significa que o festival de Barcelos deixe de ser um espaço ecuménico de partilha e descoberta musical. O anúncio feito esta quarta-feira de novos nomes para o cartaz que passeará pelos palcos entre 6 e 9 de Setembro assim o indica. Teremos então, uma figura de relevo da electrónica como Squarepusher, um novo nome do jazz, Nubya Garcia, ambos vindos de Inglaterra, punk galego, sob a forma das Gala, ou a nova banda, baptizada Cacilhas, que reúne Casper Clausen, dos Liima, a Shela, dos Riding Pânico.

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A tradição já não é o que era, como proclamou a organização do festival e, portanto, o Milhões de Festa passará de Julho, o mês em que se realizava até agora, para Setembro. Mas a tradição, já não sendo o que era, mantém coisas boas dos velhos tempos. Assim sendo, a alteração das datas não significa que o festival de Barcelos deixe de ser um espaço ecuménico de partilha e descoberta musical. O anúncio feito esta quarta-feira de novos nomes para o cartaz que passeará pelos palcos entre 6 e 9 de Setembro assim o indica. Teremos então, uma figura de relevo da electrónica como Squarepusher, um novo nome do jazz, Nubya Garcia, ambos vindos de Inglaterra, punk galego, sob a forma das Gala, ou a nova banda, baptizada Cacilhas, que reúne Casper Clausen, dos Liima, a Shela, dos Riding Pânico.

Estes nomes juntam-se a outros já anunciados, como os históricos (do metal) Electric Wizard e os igualmente históricos (da música cabo-verdiana) Os Tubarões, os Heliocentrics, Indignu, a Mauskovic Dance Band ou Gazelle Twin. Para este ano, a organização do festival, nascido no Porto em 2006 e que fez de Barcelos a sua casa em 2010, anunciou que a mudança de datas para Setembro se deveu “à pressão cada vez maior dos festivais de Julho e Agosto”. No menos povoado mês de Setembro, no que a festivais diz respeito, será mais fácil assumir a sua identidade de “festival-laboratório, um local para experimentar”, como explicou em Julho ao PÚBLICO Joaquim Durães, programador do Milhões de Festa e co-fundador da Lovers & Lollypops, promotora e editora que organiza o festival juntamente com a Câmara Municipal de Barcelos.

Na edição de 2018, o festival, cujos palcos se dividem entre o Parque Fluvial de Barcelos, a piscina municipal e outros locais da cidade, forma de a envolver e de fazer dela parte integrante do Milhões de Festa, acolherá então, na sua estreia portuguesa, um criador como o britânico Tom Jenkinson, que assina como Squarepusher e que parte do drum’n’bass para o tornar linguagem omnívora, aproveitando o jazz como matéria moldável aos seus desejos exploratórios. Quanto a Nubya Garcia, que surgirá em Barcelos acompanhada do seu quarteto, é uma saxofonista inglesa destacada no último ano como figura a seguir atentamente, não só nos meandros do jazz, mas nos caminhos mais latos da música popular urbana – a soul, o blues e tradições musicais africanas fazem também parte da sua visão.

Do lado do ruído eléctrico feito catarse e pandemónio na plateia, do punk, portanto, tratam as Bala, duo formado por Anxela e Violeta, nascido na Corunha e autor, até ao momento, de Human Flesh e Lume. Entre os novos nomes anunciados, assinale-se ainda a presença de Wwwater, ou seja, a belga Charlotte Adigéry, que nos surge pelas mãos dos irmãos Dewaelle, os 2 Many DJs, líderes dos Soulwax, e o concerto feito acontecimento único de Krake, ou seja Pedro Oliveira, baterista dos Peixe:Avião e dos Dear Telephone, que será acompanhado no Milhões de Festa por Alexandre Soares, Luís Fernandes, Julius Gabriel e Angélica Salvi – outro colectivo, este já um clássico do festival, o Ensemble Insano, formado por várias gerações de músicos barcelenses, marcará também presença.

Os nomes apresentados esta quarta-feira completam-se com a produtora Afrodeutsche e o colectivo Suave Geração. Os passes gerais para o festival custam 60€. Os bilhetes diários 20€.