Conselho de Arbitragem quer que VAR decida apenas “lances factuais”
José Fontelas Gomes reuniu-se com comentadores de arbitragem para os colocar a par das recomendações passadas aos árbitros.
O Conselho de Arbitragem (CA) da FPF realizou nesta terça-feira reuniões com os comentadores de arbitragem nos diversos órgãos de comunicação social com o objectivo de os colocar a par das indicações e recomendações passadas aos árbitros para a próxima época. No encontro em que o CA esteve representado ao mais alto nível, os responsáveis pela arbitrarem portuguesa mostraram particular preocupação com os tempos de compensação, agarrões dentro da grande área, o capítulo disciplinar e a articulação entre o árbitro e o VAR. Foi ainda revelado a possibilidade de uma empresa credenciada e aprovada internacionalmente colocar ao dispor dos videoárbitros as linhas virtuais de fora de jogo.
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O Conselho de Arbitragem (CA) da FPF realizou nesta terça-feira reuniões com os comentadores de arbitragem nos diversos órgãos de comunicação social com o objectivo de os colocar a par das indicações e recomendações passadas aos árbitros para a próxima época. No encontro em que o CA esteve representado ao mais alto nível, os responsáveis pela arbitrarem portuguesa mostraram particular preocupação com os tempos de compensação, agarrões dentro da grande área, o capítulo disciplinar e a articulação entre o árbitro e o VAR. Foi ainda revelado a possibilidade de uma empresa credenciada e aprovada internacionalmente colocar ao dispor dos videoárbitros as linhas virtuais de fora de jogo.
Da parte da manhã, José Fontelas Gomes, presidente do CA, acompanhado pelos seus vice-presidentes João Ferreira e Bertino Miranda, reuniu-se com a Sport-TV, que detém os direitos de transmissão da Liga portuguesa; para a tarde ficou o encontro com os restantes comentadores de arbitragem nos órgãos de comunicação social. Em ambas as reuniões, o objectivo foi o mesmo: passar os vídeos e informações técnicas que foram passadas nos cursos realizados pelos árbitros, árbitros-assistentes e quatro videoárbitros profissionais, assim como referir as principais indicações e recomendações para a próxima época.
Um dos comentadores que marcou presença na reunião foi Pedro Henriques. O antigo árbitro considera que esta é uma “ideia de transparência e de abertura que é bastante boa e inteligente”, e, em conversa com o PÚBLICO, revelou os principais pontos abordados.
Depois de na época passada terem existido muitas críticas com as perdas de tempo e o anti-jogo, o CA revelou “preocupação para que esses tempos perdidos sejam compensados”: “Era algo que já existia na lei, mas se os árbitros sentirem que os jogadores perdem tempo devem dar a indicação que será acrescentado mais um ou dois minutos.” Nos lances dentro da área irá haver, segundo Pedro Henriques, a indicação para que os árbitros sejam “mais proactivos” e se “existirem agarrões, devem ser marcados”. Outro aspecto referido foi na parte disciplinar, onde “os árbitros não devem ter problemas em mostrar cartões logo no início se tal se justificar”.
Finalmente, Pedro Henriques explica que existe por parte do CA uma “grande preocupação na articulação entre o árbitro e o videoárbitro”, sendo que o objectivo é que “árbitro seja o último decidir”: “Lances factuais, como os fora-de-jogo, deixar para o videoárbitro decidir. O que for de interpretação — se empurrou; se foi derrubado; se houve agressão — os árbitros irem ao monitor consultar.”