Uma semana depois, Tsipras foi a Matis, que esteve no centro dos incêndios
Já foram contabilizados 91 mortos e há 25 desaparecidos, pelo que o número de vítimas desta catástrofe deve ainda subir.
Uma semana depois dos incêndios florestais na Grécia que já fizeram 91 mortos e 25 desaparecidos - o número de vítimas mortais continua a subir - o primeiro-ministro Alexis Tsipras deslocou-se a Mati, a estância turística mais afectada pelas chamas, e onde hoje mais mortos.
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Uma semana depois dos incêndios florestais na Grécia que já fizeram 91 mortos e 25 desaparecidos - o número de vítimas mortais continua a subir - o primeiro-ministro Alexis Tsipras deslocou-se a Mati, a estância turística mais afectada pelas chamas, e onde hoje mais mortos.
Tsipras, cuja viagem não foi anunciada previamente, expressou "imenso pesar" pelo sucedido, relata o jornal grego Kathimerini. O primeiro-ministro aceitou responsabilidade política pelo incêndio, o mais mortífero da Europa em mais de 100 anos. O seu Governo sublinhou os problemas de décadas de falta de planeamento urbano ou de meras autorizações de construção.
A porta-voz dos bombeiros, Stavroula Malliri, actualizou o número de vítimas. Entre os desaparecidos devem figurar as 28 vítimas cujos corpos estão a ser examinados pelos médicos legistas, mas que ainda não foram identificados, disse à agência AFP o porta-voz da Protecção Civil, Spyros Goergiou.
De acordo com a representante dos bombeiros, foram identificadas 59 corpos carbonizados ou de pessoas que se afogaram a tentar fugir às chamas. Quatro feridos morreram no hospital, indicou. O balanço oficial anterior era de 88 mortos.
É ainda incerto o número de crianças entre as vítimas mortais, mas são conhecidos os casos de duas gémeas de nove anos, um irmão e uma irmã de 11 e 13 anos, um adolescente de 13 anos e um bebé de seis meses.
Foram identificadas quatro vítimas estrangeiras: um jovem irlandês, uma mãe e um filho polacos, e um belga, cuja filha adolescente sobreviveu.
A controvérsia sobre a gestão da crise pelo Executivo continua, com a oposição de direita e centro a acusar o Governo de inicialmente esconder as perdas humanas.
Os bombeiros também prosseguiram no domingo as investigações às causas do incêndio, sendo que as autoridades privilegiam a tese de mão criminosa.
De acordo com o Kathimerini, um relatório preliminar avançava antes com a possibilidade de negligência, com um fogo aceso por um residente da área para queimar folhas e galhos mortos.
A vila de Mati, uma estância balnear próxima de Atenas, foi assolada por um incêndio na passada segunda-feira, que, segundo uma base de dados do Centro para a Investigação sobre Epidemiologia de Desastres, em Bruxelas, foi o incêndio mais mortífero na Europa desde 1900.
A grande maioria das vítimas morreu devido às chamas, mas algumas pessoas perderam a vida no mar, quando tentavam fugir.