Futuro da Herdade da Comporta decide-se esta sexta-feira

Os participantes no Fundo Especial de Investimento imobiliário Fechado, detentor da Herdade da Comporta, reúnem-se esta sexta-feira em Lisboa para deliberarem sobre as propostas de aquisição do imóvel.

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Paulo Pimenta

Além da deliberação sobre a proposta de aquisição da globalidade do património da Herdade da Comporta, os participantes deverão também pronunciar-se sobre outras propostas de aquisição de activos recebidos pela Gesfimo - Espírito Santo Irmãos, Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A., entidade gestora do Fundo Especial de Investimento imobiliário Fechado.

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Além da deliberação sobre a proposta de aquisição da globalidade do património da Herdade da Comporta, os participantes deverão também pronunciar-se sobre outras propostas de aquisição de activos recebidos pela Gesfimo - Espírito Santo Irmãos, Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A., entidade gestora do Fundo Especial de Investimento imobiliário Fechado.

A venda da Herdade da Comporta, nos concelhos de Alcácer do Sal e Grândola, foi decidida há cerca de três anos, após o colapso financeiro do Grupo Espírito Santo, mas, apesar de terem surgido alguns interessados, nacionais e estrangeiros, o negócio ainda não se concretizou.

A assembleia-geral marcada para as 10h30 desta sexta-feira numa unidade hoteleira de Lisboa ocorre no momento em que foi conhecida uma investigação judicial por suspeitas de corrupção em diversas obras da herdade, no âmbito de um processo que já tem vários arguidos formalmente constituídos.

Enquanto aguardam por novos desenvolvimentos no que respeita à venda da Herdade da Comporta, agricultores e moradores na herdade continuam a fazer eco das preocupações que têm vindo a manifestar desde o primeiro dia em que foi anunciada a venda do imóvel.

Alguns moradores que construíram as suas casas devidamente autorizados pelos administradores da herdade, mas que não têm qualquer documento comprovativo, receiam que não seja possível a legalização da situação.

Da mesma forma que os produtores de arroz também temem ser prejudicados pelos futuros donos da Herdade da Comporta, caso estes não queiram manter a produção agrícola naquele território, que é a única forma de sustento de centenas de famílias da região do litoral alentejano.

Por outro lado, exigem que o Estado acompanhe todo o processo de venda para que se salvaguardem os interesses dos residentes no interior da Herdade da Comporta, bem como dos agricultores.

A administração da herdade sempre afirmou que todos os contratos estabelecidos eram para cumprir, independentemente dos accionistas, mas as garantias dadas no passado não tranquilizam agricultoras e população.